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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

CURIOSIDADE - “O GRANDE FOGO DA CAIÇARA – PRIMEIRO CONFRONTO DE LAMPIÃO COM A POLÍCIA DO RN EM SOLO POTIGUAR” – PARTE 2

Monumento ao Soldado José Monteiro de Matos. Na foto, o Coronel Ângelo (meio). Infelizmente não consegui aidentificação dos outros dois policiais.
Detalhe do monumento ao soldado José Monteiro de Matos (falaremos ainda sobre esse assunto na próxima postagem da série)
Quadra de esportes do 7º BPM, em Pau dos Ferros, cujo nome homenageia o Sd José Monteiro de Matos.
Dias após o embate entre a PMRN e o bando de Lampião, onde restaram mortos o bravo Soldado José Monteiro de Matos e o cangaceiro Azulão, foi aberto contra Lampião um processo crime na Comarca de Pau dos Ferros, tendo como encarregado do inquérito policial o capitão Jacinto Tavares Ferreira.

Nesse inquérito consta o laudo cadavérico do soldado José Monteiro de Matos, morto com 22 anos de idade. Além disso, pouco se sabe a respeito dele. Sabe-se que era natural da Paraíba e que foi alistado na PM em maio de 1927 lá mesmo na Vila de Vitória (atual Marcelino Vieira). Outros dados como data de nascimento, filiação ou até mesmo fotos foram perdidos com o tempo, não restando registros conhecidos.

Anos depois, o governador do RN, senhor Dinarte Mariz, mandou erigir um monumento em memória ao bravo soldado José Monteiro de Matos no mesmo local onde ocorreu o confronto do dia 10 de junho de 1927. Além do monumento na cidade de Marcelino Vieira, o soldado José Monteiro de Matos também recebeu homenagem na cidade de Pau dos Ferros, cuja quadra de esportes do 7º BPM leva seu nome.

Décadas depois, com a necessidade de construção do açude municipal, o monumento teve de ser retirado do local. Hoje, a lâmina d’água do açude está praticamente cobrindo o palco do confronto do bando de Lampião com a PM.

Sobre o inquérito policial contra Lampião, há alguns anos tive oportunidade de ler algumas páginas desse documento. A leitura não era fácil já que o documento era todo manuscrito e o escrivão utilizou uma letra comparada à fonte cursiva ou gótica, muito utilizada na época na confecção de documentos oficiais. Além disso, tive acesso apenas a uma cópia, já gasta pelo tempo, do documento original.

FONTE: Informações prestadas pelo historiador da PMRN, Coronel Ângelo Mário de Azevedo Dantas.
DICA: Na próxima postagem da série, continuaremos a abordar o caso do Fogo da Caiçara e o resgate histórico do fato idealizado no ano de 2007, na cidade de Marcelino Vieira.

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