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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Cirurgia vai 'restaurar forma e função do rosto' de mulher agredida por namorado, diz hospital


Vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar e vai passar por um procedimento chamado de osteossíntese. Cirurgia está prevista para esta sexta (1º).
A cirurgia prevista para ser realizada nesta sexta-feira (1º) vai "restaurar a forma e a função do rosto" da mulher espancada com mais de 60 socos pelo namorado no elevador de um condomínio em Natal, segundo o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol). A vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar.
O crime aconteceu no dia 26 de julho e foi flagrado por câmeras de segurança. O agressor, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, foi preso em flagrante, e teve a detenção transformada em prisão preventiva, após passar por audiência de custódia. Segundo a polícia, ele vai responder por tentativa de feminicídio.
Segundo o hospital, a vítima respondeu bem ao tratamento médico inicial, com melhora em relação aos hematomas e edemas. Ela foi internada na tarde desta quinta-feira (31) para os procedimentos pré-operatórios.
“Ela está evoluindo de forma satisfatória, com hematoma e edema em regressão, ainda com algumas dores decorrentes das fraturas em terço médio e inferior da face, porém controladas com analgésicos comuns", explicou o cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pela cirurgia.
A cirurgia prevista para ser realizada é chamada de osteossíntese, que, segundo o hospital, tem o objetivo de restabelecer a estética e a funcionalidade do rosto.
A cirurgia foi marcada para 8h desta sexta-feira no centro cirúrgico do Hospital Onofre Lopes, sob anestesia geral.
Fazem parte da cirurgia uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões-dentistas especialistas em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, além de anestesistas e profissionais de enfermagem.
Segundo o cirurgião-dentista Kerlison Paulino, o procedimento contempla a redução e fixação das fraturas com o uso de miniplacas e miniparafusos, além de uma revisão nas estruturas nasais.
“Trata-se de uma cirurgia necessária para reconstrução das áreas fraturadas, buscando o restabelecimento da estética e da função”, explicou.

Acompanhar a vítima para prevenir sequelas
A cirurgia também busca prevenir possíveis sequelas decorrentes da violência física sofrida pela paciente, informou o hospital. Após o procedimento, o Huol informou que vai acompanhar a vítima pelo tempo adequado para a recuperação.
A previsão inicial é de permanência da paciente por dois dias no hospital, "podendo haver ajustes conforme a evolução clínica dela", segundo o Huol.
“Estamos planejando a resolução do caso em um único tempo cirúrgico, mas não podemos descartar a possibilidade de outra abordagem. A paciente está ciente”, explicou o cirurgião-dentista Kerlison Paulino.
O profissional acrescentou que, em casos como esse, o tempo para a realização da cirurgia é fundamental.
“Nessas condições, os ossos se encaixam perfeitamente, possibilitando o melhor reparo ósseo e evitando deformidades e sequelas”, esclareceu.
O cirurgião-dentista explicou que a equipe responsável pelo procedimento acompanha o caso desde o primeiro atendimento, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, no dia 26 de julho.
"Estamos conduzindo cada passo de uma forma cuidadosa, responsável e, acima de tudo, ética, sempre buscando minimizar os riscos e traumas decorrentes do evento inicial e mantendo a confiança e respeito mútuos na relação profissional-paciente”, garantiu.

Fraturas no rosto
No laudo do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, unidade de saúde em Natal na qual a vítima foi atendida logo após o espancamento, o médico de plantão apontou que a mulher apresentava "fratura de complexo zigomático-orbitário [estrutura óssea da face que inclui a maçã do rosto e as paredes da cavidade ocular] e côndilo mandibular [a cabeça da mandíbula]".
O documento assinado pelo médico a encaminhava "para avaliação e realização do tratamento definitivo das fraturas da face".

'Ele disse que ia me matar', relatou vítima
No dia do crime, a vítima relatou aos policiais de plantão que o ex-jogador de basquete disse que iria matá-la. A revelação foi feita em um bilhete, porque ela não conseguia falar.
Ainda no bilhete, a mulher relatou que permaneceu no elevador porque sabia que seria agredida pelo namorado (veja, abaixo, o bilhete).
"Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me bater e disse que ia me matar", escreveu.

Fonte: G1

40% acham errada a decisão de Moraes de proibir Bolsonaro de usar redes, diz pesquisa PoderData


Pesquisa Poderdata, realizada de 26 a 28 de julho de 2025, mostra que 40% dos eleitores consideram “errada” a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de proibir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar as redes sociais. Na outra ponta, 36% dizem achar a decisão “certa”. Os percentuais empatam na margem de erro, que é de 2 pontos percentuais.

Há ainda outros 25% que não souberam responder.

O ministro do STF Alexandre de Moraes decidiu em 18 de julho proibir Jair Bolsonaro, que é réu em ação penal na Corte por tentativa de golpe de Estado, de usar redes sociais, falar com embaixadores, diplomatas estrangeiros ou com outros réus do Supremo. Também mandou por tornozeleira eletrônica no ex-presidente.

Por causa da decisão, o ex-presidente tem evitado falar com os jornalistas e discursar em atos. A proibição do ministro inclui a reprodução de áudios, vídeos, transcrições, conceder entrevistas, retransmissões e qualquer conteúdo nas plataformas digitais, mesmo que não sejam postados por ele, o que, na prática, impede sua participação em entrevistas públicas.

Em 21 de julho, Moraes reforçou as condições dessa medida cautelar. Disse na nova decisão que o ex-presidente não pode se valer dos meios digitais para burlar a medida, sob pena de imediata decretação da prisão preventiva.

Poder 360

Quatro homens são mortos a tiros em chacina no interior do Ceará


Corpos das vítimas estavam caídos no meio da rua, com tiros na cabeça.
Quatro homens foram mortos a tiros na Rua Romão Ferreira Lima, no Bairro Esmerino Gomes, na cidade de Itapajé, no interior do Ceará, na madrugada desta quinta-feira (31), por volta das 3 horas.
Segundo apuração da TV Verdes Mares, uma das suspeitas da polícia é que as vítimas teriam ido ao local realizar um ataque, porém, foram surpreendidas e mortas no meio da rua com tiros na cabeça e em outras partes do corpo.
Os homens, que não tiveram as identidades informadas, estavam vestidos com calças e blusas de mangas compridas. Além disso, usavam balaclava para cobrir o rosto e portavam armas.
Equipes da polícia estão na região fazendo levantamentos para identificar e capturar os suspeitos do crime.
A chacina ocorreu horas após o prefeito de Itapajé, Nonatinho, se encontrar com o secretário da Segurança Pública do Ceará, Roberto Sá, para cobrar mais policiamento no município. Na ocasião, o secretário falou em trazer mais tranquilidade aos moradores de Itapajé.
"Nossas forças já trabalham dia e noite para proteger essa nossa população, mas conhecendo melhor a realidade, nós iremos estabelecer estratégias para reforçar nossas ações, e assim prender esses criminosos, devolvendo paz e tranquilidade para a nossa população de Irauçuba, Itapajé, do entorno e das outras cidades do nosso estado do Ceará", disse o secretário.

Fonte: G1

Investigada por lavagem de dinheiro mulher com salário de R$ 1.600 movimentou R$ 1,3 milhão em dois anos


Uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (31) cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Natal e Assu, no Rio Grande do Norte, além de São Paulo (SP) contra um grupo suspeito de lavar de dinheiro do tráfico de drogas para uma organização criminosa. Foram apreendidos dinheiro, equipamentos eletrônicos, cartões de crédito e documentos.

Somente uma investigada, com renda declarada de aproximadamente R$ 1.600, movimentou mais de R$ 1,3 milhão em cerca de dois anos.
A Operação Vereda Grande, conduzida pelo Ministério Público do RN, investiga a integração de suspeitos à organização Sindicato do Crime. 
Segundo as primeiras apurações, o grupo usava contas bancárias e "laranjas" para movimentar e esconder os recursos.
"A análise dos dados bancários revelou transações financeiras milionárias incompatíveis com a capacidade econômica dos investigados", informou o MP.
Um dos investigados, apontado como cabeça do esquema, e que não possui fonte de renda lícita registrada, movimentou mais de R$ 1,1 milhão entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2024.  
Outros investigados eram beneficiários de programas sociais do Governo Federal, como o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família.
Segundo o MP, a ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN busca atingir o núcleo financeiro da organização criminosa, enfraquecendo a capacidade de financiar o tráfico de drogas e a compra de armas.
Investigação
A operação Vereda Grande é um desdobramento da operação Sentinela, também do MP, que investigava a atuação de uma mulher denunciada por integrar a mesma facção criminosa.
Foi a partir de um Relatório de Informações Patrimoniais produzido na Sentinela que se descobriu uma transação suspeita entre ela e um investigado na operação Vereda Grande, no valor de mais de R$ 300 mil em apenas dois meses, dando origem à nova investigação.
A apuração constatou que os suspeitos não possuíam renda lícita ou apresentavam rendimentos formais muito baixos que não justificavam as altas quantias movimentadas em suas contas, o que levantou fortes indícios da prática de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.
As investigações apontam que a conta bancária desse homem era uma das principais no esquema, sendo utilizada por terceiros para as atividades da organização criminosa.
Familiares dele também são investigados por envolvimento, pois compartilhavam o mesmo e-mail e endereço de cadastro e realizaram diversas transações suspeitas.

Fonte: G1