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sexta-feira, 9 de abril de 2010

MOBILIZAÇÃO DO CENTRO SOCIAL DOS CABOS E SOLDADOS DE MINAS GERAIS CONTINUA EM PROL DA PEC 300


Durante mais uma manifestação na capital federal (06/04), representantes do Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CSCS PM/BM-MG) em conjunto com quatro mil militares, agentes penitenciários e policiais civis de todo o Brasil, cobraram a retomada da votação da PEC 300, que cria o piso salarial dos policiais e bombeiros militares de R$ 3,5 mil e R$ 7 mil (praças e oficiais, respectivamente).

Os profissionais da segurança pública iniciaram a manifestação com concentração na Catedral de Brasília, seguiram em marcha pelo Eixo Monumental e permaneceram horas na frente do Congresso Nacional, cercados pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, que impediam a entrada dos manifestantes na casa do povo. Após várias tentativas de negociação, os policiais e bombeiros conseguiram o acesso às galerias do Plenário.

Apesar de todo o esforço da categoria, o presidente da Câmara, Michel Temer, não inseriu a PEC 300/446 na ordem de votação do dia. No entanto, os deputados da FREMIL – Frente Parlamentar em Defesa dos Militares – conseguiram se reunir com o Ministro da Justiça, Luis Paulo Barreto e com o Secretário Nacional da Segurança Pública, Ricardo Balestreri. De acordo com o deputado federal Capitão Assumção, durante o encontro o governo tentou desarticular o movimento e sinalizou a criação de uma comissão para dar início a um estudo para verificar o impacto nos estados caso seja estabelecido o piso nacional para categoria.

Paralisação das votações
A PEC 300 teve seu texto-base aprovado no início do mês passado. Depois disso, o governo chegou a cogitar a paralisação das votações de propostas de emenda à Constituição até as eleições de outubro. Contudo, desistiu da idéia.

Para que o primeiro turno de votação da matéria seja concluído, deputados terão de analisar quatro destaques que, na prática, desfiguram a proposta.

Mobilização
Para o presidente do CSCS, Cabo Coelho, agora é a hora do Movimento Nacional continuar com força total. “Nós não vamos parar. Continuaremos mobilizados trabalhando em conjunto com a Frente Parlamentar, pois esta é a hora que nós, profissionais da segurança pública, temos para conquistar a valorização da categoria. Dento de alguns dias divulgaremos a data, hora e local da nossa próxima manifestação, que acontecerá simultaneamente em todas as capitais do Brasil, conforme for estipulado pela FREMIL”, disse.

Ainda segundo Cabo Coelho, Lula ocupa hoje o posto de presidente do país porque liderou movimentos sindicais por todo o Brasil lutando pelos interesses da sua categoria. “Nós militares estamos mobilizados de maneira ordeira e responsável, ao contrário de muitos movimentos liderados pelo atual presidente da república que eram mais agressivos e violentos. Hoje já conquistamos até o apoio da sociedade civil que clama pela melhoria da segurança pública e reconhece a necessidade da valorização do policial e bombeiro”, lembra.

GIFORSEN
Durante o encontro em Brasília, os presidentes das entidades de classe de todo o país, dentre elas o CSCS, articularam também a criação do Gabinete Integrado das Forças de Segurança Pública Nacional (GIFORSEN), que funcionará com escritório em Brasília, dando suporte às entidades de classe que vão permanecer unidas e organizadas acompanhando todas as PECS de interesse dos profissionais da segurança pública do Brasil.

A próxima reunião do grupo acontecerá no próximo mês, em Goiás, onde serão definidos mais detalhes.
Blog do Cabo Fernando

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