Veruchka Fabre
BRASÍLIA - O Partido Verde (PV) adotou um tom moderado ao dar largada ontem à campanha rumo às eleições de 2010 e mostrou pretensões de se tornar uma das legendas mais fortes do País. Além de oficializar a candidatura da senadora Marina Silva (AC), terceira colocada nas pesquisas, com apelos para que participe de um segundo turno, o partido anunciou que vai lançar candidato a governador em oito estados, incluindo os três maiores colégios eleitorais do País (SP, MG e RJ).
No evento realizado em Brasília, com a participação de cerca de 2.000 pessoas, o PV divulgou a moção aprovada pelos delegados do partido que recomenda o lançamento de candidatura em todos os estados e no Distrito Federal. De acordo com o documento, nos lugares onde isso não for possível, a formalização de alianças para apoiar candidatos de outros partidos precisará do aval da Executiva Nacional do partido.
Afinada com o sonho do partido de voar alto, Marina procurou, em discurso, minimizar o fato de o PV estar sozinho na eleição e, por isso, com um tempo mínimo no horário eleitoral. "Nós decidimos fazer aliança com os jovens, idosos, com os índios, os negros, com todos os brasileiros e brasileiras que estão aqui", defendeu.
Possivelmente por causa de alianças em andamento com o PT (no Pará e no Acre), de um lado, e com o PSDB (no Rio de Janeiro), Marina não fez críticas a seus principais concorrentes - a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador José Serra (PSDB). E ainda fez elogios ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde deixou o Ministério do Meio Ambiente trombando com os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tocados por Dilma.
No discurso, Marina disse que 20 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza nos últimos anos. Prometeu, se for eleita, manter o programa Bolsa Família e defendeu a liberdade de ideias.
Vice
Mais duro, o vice da chapa do PV, o empresário Guilherme Leal, criticou o loteamento de cargos públicos e a corrupção na política e argumentou a necessidade do Brasil de ter Marina como presidente da República. Ele é um dos sócios da Natura, nunca disputou uma eleição. Deixou a gestão da empresa para entrar na campanha.
"A lógica da política que hoje prevalece no País está ancorada em lotear, distribuir espaços de poder entre as principais forças econômicas e políticas. Os escândalos de corrupção permeiam a maioria dos espaços na política nacional. É por isso que o Brasil precisa de Marina presidente", afirmou Leal.
Nos maiores colégios eleitorais, os nomes escolhidos para a disputa dos governos estaduais são: o ex-deputado federal Fábio Feldmann (SP), os deputados federais Fernando Gabeira (RJ), Zé Fernando Aparecido (MG), Luiz Bassuma (BA), Paulo Salamuni (PR), Montserat Martins (RS), José Paulo Teixeira (SC) e o empresário Sérgio Xavier (PE), ex-assessor do ex-ministro e cantor Gilberto Gil.
O Programa de Governo do partido, denominado "Juntos pelo Brasil que queremos", foi renovado e votado no evento. O limite de gasto aprovado para a campanha foi de R$ 90 milhões. Algumas propostas do programa não são bandeiras levantadas pela candidata, a exemplo da legalização do aborto, da defesa da descriminalização da maconha e da união estável entre casais homossexuais.
O Partido Verde oficializou ontem a chapa Marina Silva e Guilherme Leal para a Presidência. A sigla definiu ainda que lutará pela candidatura própria nos estados, em oito dos quais já tem nomes definidos.
Fonte:http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=330287
BRASÍLIA - O Partido Verde (PV) adotou um tom moderado ao dar largada ontem à campanha rumo às eleições de 2010 e mostrou pretensões de se tornar uma das legendas mais fortes do País. Além de oficializar a candidatura da senadora Marina Silva (AC), terceira colocada nas pesquisas, com apelos para que participe de um segundo turno, o partido anunciou que vai lançar candidato a governador em oito estados, incluindo os três maiores colégios eleitorais do País (SP, MG e RJ).
No evento realizado em Brasília, com a participação de cerca de 2.000 pessoas, o PV divulgou a moção aprovada pelos delegados do partido que recomenda o lançamento de candidatura em todos os estados e no Distrito Federal. De acordo com o documento, nos lugares onde isso não for possível, a formalização de alianças para apoiar candidatos de outros partidos precisará do aval da Executiva Nacional do partido.
Afinada com o sonho do partido de voar alto, Marina procurou, em discurso, minimizar o fato de o PV estar sozinho na eleição e, por isso, com um tempo mínimo no horário eleitoral. "Nós decidimos fazer aliança com os jovens, idosos, com os índios, os negros, com todos os brasileiros e brasileiras que estão aqui", defendeu.
Possivelmente por causa de alianças em andamento com o PT (no Pará e no Acre), de um lado, e com o PSDB (no Rio de Janeiro), Marina não fez críticas a seus principais concorrentes - a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador José Serra (PSDB). E ainda fez elogios ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde deixou o Ministério do Meio Ambiente trombando com os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tocados por Dilma.
No discurso, Marina disse que 20 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza nos últimos anos. Prometeu, se for eleita, manter o programa Bolsa Família e defendeu a liberdade de ideias.
Vice
Mais duro, o vice da chapa do PV, o empresário Guilherme Leal, criticou o loteamento de cargos públicos e a corrupção na política e argumentou a necessidade do Brasil de ter Marina como presidente da República. Ele é um dos sócios da Natura, nunca disputou uma eleição. Deixou a gestão da empresa para entrar na campanha.
"A lógica da política que hoje prevalece no País está ancorada em lotear, distribuir espaços de poder entre as principais forças econômicas e políticas. Os escândalos de corrupção permeiam a maioria dos espaços na política nacional. É por isso que o Brasil precisa de Marina presidente", afirmou Leal.
Nos maiores colégios eleitorais, os nomes escolhidos para a disputa dos governos estaduais são: o ex-deputado federal Fábio Feldmann (SP), os deputados federais Fernando Gabeira (RJ), Zé Fernando Aparecido (MG), Luiz Bassuma (BA), Paulo Salamuni (PR), Montserat Martins (RS), José Paulo Teixeira (SC) e o empresário Sérgio Xavier (PE), ex-assessor do ex-ministro e cantor Gilberto Gil.
O Programa de Governo do partido, denominado "Juntos pelo Brasil que queremos", foi renovado e votado no evento. O limite de gasto aprovado para a campanha foi de R$ 90 milhões. Algumas propostas do programa não são bandeiras levantadas pela candidata, a exemplo da legalização do aborto, da defesa da descriminalização da maconha e da união estável entre casais homossexuais.
O Partido Verde oficializou ontem a chapa Marina Silva e Guilherme Leal para a Presidência. A sigla definiu ainda que lutará pela candidatura própria nos estados, em oito dos quais já tem nomes definidos.
Fonte:http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=14&id_noticia=330287
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