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11/05/2011 -
POLICIA CIVIL PARALISA ATIVIDADES POR 48H:
Os agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Norte paralisam suas atividades por 48 horas, a partir das 8 horas da manhã de hoje, voltando ao trabalho no mesmo horário desta sexta-feira, dia 13. A presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol), Vilma Marinho Cezar, disse que todo o atendimento ao público estará suspenso neste período, exceto os casos de flagrante delito nas Delegacias de Plantão, das Zonas Sul e Norte de Natal, e nas Delegacias Regionais no interior, além dos serviços de radio-comunicação do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp)
Reunião entre professores e governo não resultou em nenhum avanço. Greve continua, e mais forte
“Também vamos manter funcionando os serviços administrativos para que continuem esses atendimentos inadiáveis das delegacias”, afirmou Vilma Marinho, para explicar que estarão trabalhando 30% do efetivo policial, como manda a lei de greve.
A Polícia Civil reivindicam do governo estadual, principalmente, o cumprimento da Lei Complementar 417, de 31 de março de 2010, referente ao enquadramento nos níveis de carreiras de 1.102 agentes de Policia e 142 escrivães, bem como a implantação da nova tabela salarial a partir deste mês, com 50% de acréscimo no valor da remuneração e mais 50% em outubro de 2011.
O vice-presidente do Sinpol, Djair Oliveira disse que, depois desta paralisação de advertência, “se não houver nenhum encaminhamento” por parte do governo, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 17.
Oliveira explicou que a categoria está aberta ao diálogo e só não entra em greve por tempo indeterminado “se houver negociação” com o governo, que andou dizendo que não negocia com grevistas da educação. “Não é o nosso caso, porque não estamos em greve, mas desde o inicio de abril a gente tenta sentar à mesa de negociação com o governo”.
Além disso, Oliveira diz que em reunião com o secretário estadual da Defesa Civil e Segurança Pública, Aldair Rocha, o Sinpol ouviu dele a a afirmação de que essa questão da implantação do plano de carreira “fugia à sua competência e responsabilidade”, pois quem tinha condições negociar questões financeiras era o Gabinete Civil e a Secretaria Estadual do Planejamento e das Finanças (Seplan), depois de ouvir a governador a Rosalba Ciarlini (DEM).
Afora outras questões, Oliveira também lamenta que no atual governo, algumas conquistas da administração anterior, estejam preocupando de novo a categoria. “No governo passado nós conseguimos retirar os presos das delegacias, porque agente não é carcereiro, e não vamos aceitar isso”, declarou.
O sindicato também defende a nomeação de 520 concursados de 2008, que passaram por curso de formação e até hoje aguardam a convocação do governo para ingressarem no quadro de servidores da Sesed.
Governo foi claro: não tem como dar aumento
As negociações entre os professores e o governo do Estado não tiveram nenhum avanço e a categoria permanece em greve por tempo indeterminado. Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte, José Teixeira, disse que o resultado da audiência será avaliado na assembléia marcada para a tarde da próxima quarta-feira, dia 18, mas a expectativa é que ao invés de 90%, agora “100% dos professores saia da sala de aula”.
José Teixeira informou que, depois de esperar uma hora pelo inicio da audiência no Gabinete Civil, a categoria ouviu do secretário, Paulo de Tarso Fernandes, que “o governo reconhecia a situação do magistério, mas que, por enquanto, não havia a mínima possibilidade de apresentar uma proposta para ser negociada com a categoria”.
Teixeira disse que também participaram da reunião a secretária estadual de Educação e Cultura, Betânia Leite Ramalho e a adjunta Adriana Santos Diniz. A tentativa de acordo contou, também, com a participação dos deputados Fernando Mineiro (PT), Larissa Rosado (PSB) e Hermano Morais (PMDB). “Já estou há muitos anos na direção do Sinte, mas nunca tinha visto uma audiência tão sem perspectiva e tão desestimuladora quanto essa com a Casa Civil”, desanimou-se Teixeira.
Ele disse que ao contrário do que está ocorrendo com as negociações com o governo estadual, a categoria vem obtendo vitórias em grande parte dos municípios, que estão fechando com o piso nacional salarial recentemente ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Teixeira, o Sinte vem negociando gradativamente em todos os 167 municípios, tendo obtido implantação do piso em março, abril e agora em maio: “E o governo não apresenta a minima esperança de implantação do piso nacional”.
Com a implantação do piso nacional, o profissional do magistério em inicio de carreira e de nível médio passaria a ter uma remuneração mensal de R$ 890,97, enquanto o graduado passaria a ganhar mais 40% em cima desse valor, totalizando R$ 1.240,00.
Calendário de mobilização
11/05 - Parada Nacional. Haverá assembleia na Praça Gentil Ferreira às 14 horas.
12/05 - Arrastão na SEEC a partir das 7 horas e caminhada no bairro Dix-sept Rosado.
13/05 - Reunião com Diretores de Escola para tratar da participação dos professores seletivos e estagiários na greve. Encontro será às 9 horas, na sede do Sinte, na subida do Baldo.
18/05 - Assembléia Geral da categoria, às 14 horas na Escola Estadual Winston Churchill.
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