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30/12/2011 - 
POLICIA NÃO FAZ GREVE REIVINDICA VALORIZAÇÃO

É recorrente em todo território nacional a dedicação e abnegação de homens e  mulheres que desempenham o trabalho pela Segurança Pública em nosso país, cerca  de 600 mil homens e mulheres fazem parte das forças de segurança estaduais  arriscando a vida e abrindo mão do lazer com sua família para prestarem esse  serviço de extrema importancia e muitas vezes sem nehum reconhecimento ou  valorização.
Costuma-se dizer que a policia perto incomoda e longe faz falta para  expressar a importancia e necessidade dessa categoria. Na maioria dos estados  brasileiros a Policia Militar e Corpos de Bombeiros Militares são menosprezados  pelo Poder Público que não investe adequadamente em estrutura e condições de  trabalho, em vezes, os profissionais são abandonados a própria sorte e  criatividade de inventar formas de segrança e de melhoramento no serviço para  garantrir a própria vida e a vida de terceiros.
Como se não bastasse, a falta de estrutura e condições de trabalho, ainda  podemos constatar o abandono legislativo dessa corporação, com legislações  arcaicas e anteriores a Constitição Federal de 1988 e em alguns casos, uma  verdadeira "coxa de retalhos" que torna-se impossivel a segurança jurídica, as  garantias de direitos e a definição de deveres diretamente relacionados ao  atendimento a sociedade e o serviço de SEGURANÇA PÚBLICA. Na maioria dos casos,  as legislações copiadas das forças armadas que se destinam para fins diversos  aos do serviço de policiais e bombeiros são ferramentas de opressão, humilhação  e abuso de poder.
Não se fala aqui da dicotomia militarismo e democracia, pois em certos  aspectos poder-se-ia enaltecer a ideologia militar enquanto organização,  respeito e controle elevados, assim como dreitos previstos na legislação militar  como previdencia e plano de carreira. Mas que infelizmente não passa do papel.  Na prática, policiais e bombeiros convivem com uma gama de problemas como uma  carga de estresse elevada, causada pela natureza de trabalho de defesa,  salvamento e solução de conflitos. Tudo isso causa-lhes transtornos físicos,  mentais e profissionais na ativa e quando passam a inatividade uma vez que não  se tem um programa de preparação seja profissional ou social para a inatividade.  Outra indefinição legislativa enfrentada pelos militares estaduais é a definição  de uma carga horária, como não se tem previsão legislativa fica a critério da  autoridade gestora militar estadual a definição da jornada de trabalho que  muitas vezes ultrapassam a carga horaria de 240h mensais, imaginem uma pessoa  trabalhar mais de 240h mensais, imaginem ainda durante 30 anos de serviço e  acrescente a essa imaginação a natureza do serviço de segrança com o risco  iminente de morte todos os dias! Esse problema de carga horaria é uma das  bandeiras de reivndicação daqueles que vivem as margens da Lei militar  reivindicando e colocando em risco seus empregos e a liberdade quando desafiam a  legislação e a ordem institucional para melhorias da condição de vida e de  trabalho desses profissionais.
É por esses e outros fatores que surgiram as associações de policiais e  bomberos militares em todo territorio nacional, sob a clandestnidade policiais  se reuniam desde 1985, já em 1995 criaram a primeira Associação Nacional dos  Cabos e Soldados e em 2007 foi criada a Associação Nacional dos Praças (ANASPRA)  com o objetivo de auxiliar e representar as Associações Estaduais. Atualmente a  ANASPRA participa do Conselho Nacional de Segurança Pública (CONASP) e de varios  Forum de discussão sobre a área e clabora com Governos Municipais, Estaduais e  Federal quanto ao colhimento, apresentação e analise de dados da Segurança  Pública. Recentemente colaborou com a elaboração das Diretrizes Nacionais de  Direitos Humanos para os Profissionais de Segurança Pública.
Mas nem tudo são flores e em alguns casos a ANASPRA intervem nos conflitos  estaduais entre a tropa e os Governos Estaduais. Somente durante o ano de 2011,  foram registrados mais de 10 conflitos relacionados as reivindicações por  melhorias salariais e de condições de trabalho. Mesmo diante das vedações  constitucionais e da rigorosa legislação militar, a necessidade social e humana  fala mais alto e munidos das armas da palavra de ordem, da bandeira da  reivndicação e coragem e com as munições da realidade enfrentada no dia a dia  desafiam o poder e partem para mudança das suas condições sociais e de trabalho.  Assim foram os casos em Piauí, Maranhão, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do  Norte e agora no Ceará.
Infelismente, a postura adotada pelos Governos e Comandos das Corporações são  de retaliar e fazer calar o grito daqueles que defendem com o risco da própria  vida, a vida e a liberdade de toda sociedade. Esquecem que somente as policiais  e os bombeiros são quem mantem a ordem social e por causa deles o caos não se  instala em nossa sociedade com imensas desiguadades sociais. É priciso mudar  essa lógica. Os Governantes devem valorizar essa tropa que muitas vezes esquece  que são humanos para garantir a segurança social, que trabalham diuturnamente,  sem carga horária definida, sem condições de trabalho, superando todas as  dificuldades para garantir a segurança social, enquanto os gestores militares  estaduais administram o caos para garantir uma tropa obidiente, honesta e  dedicada.
A culpa das reivndicações dos militares estaduais é sem sombra de duvida dos  Gestores Civis Etaduais que não priorizam suas forças de segurança e pagam pra  ver o limite de nosso sofrimento.
Espero que ainda reste um pouco de humanidade e bom senso do Poder Judiciario  e do Poder Legislativo que podem assegurar a paz social atraves da intervenção  nesses conflitos propondo solução legislativas a médio e a longo prazo.
As Associações tem feito sua parte, apresentando os problemas, sugerindo  soluções e quando o caminho do diálogo não apresenta mais eficiência, tem-se  partido para as mobilizações e interferência da opinião pública.Nosso país será nos próximos anos vitrine para o mundo devido aos eventos esportivos em especial a COPA DE 2014 e esperamos que sejamos elogiados pela nossa SEGURANÇA e organização. Desejamos que iniciamos em 2012 uma nova fase de constrção de uma sociedade com justiça e paz social, promovendo o entendimento entre os profissionais de Segurança Pública, Gestores, Governo e Sociedade.
Assim a sociedade que merecemos terá a Polícia que dejamos!
FONTE: www.cabojeoas.com
 
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