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sábado, 7 de abril de 2012

“Estamos revivendo os anos de chumbo da Ditadura Militar em um governo que era contra”, diz Marco Prisco referindo-se ao governo do Estado

Fonte Blog de Cabo Jeoas 
“Estamos revivendo os anos de chumbo da Ditadura Militar em um governo que era contra”, diz Marco Prisco referindo-se ao governo do Estado
 “Estamos revivendo os anos de chumbo da Ditadura Militar em um governo que era contra”, diz Marco Prisco referindo-se ao governo do Estado 



O principal líder do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia e Presidente da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra-Ba), Marco Prisco Caldas Nascimento, o soldado Prisco, esteve no programa “Andaiá Urgente”, da Rádio da Andaiá Fm (Santo Antônio de Jesus) desta segunda-feira (02) e foi entrevistado por Lélis Fernandes. Prisco iniciou a entrevista comentando sobre a situação em que se encontra. Foi bastante objetivo em responder que a sua situação está tranquila, apesar de ainda estar sendo perseguido. “O Governo do Estado através do PT, bloqueou a nossa entidade, a Aspra, bloqueou a conta, retirou todos os bens de dentro. Para nós isso não iria mais acontecer. Vivemos isso na época da ditadura militar, estamos revivendo os anos de chumbo”, disse Marco Prisco. Ele desabafa que nunca pensou em viver essa situação em um partido em que ele pensava ser democrático, o Partido dos Trabalhadores. Todos os trabalhadores da Aspra, segundo Prisco, estão sendo demitidos, pois a associação não possui condições de mantê-los ativos, devido a situação em que se encontra. A prisão Os líderes do movimento grevista, ainda no período da greve, tiveram suas prisões decretadas, entre eles Marco Prisco. O soldado foi preso, e no dia 23 de março a juíza Andréia Paula Matos Rodrigues de Miranda, da 2ª Vara Crime, concedeu o alvará de soltura. Logo após a saída de Prisco da prisão, foi veiculada nos meios de comunicação que o ex-soldado do Corpo de Bombeiros seria reintegrado à Polícia Militar como sargento, pois o mesmo havia sido demitido da corporação depois do movimento de 2001. Seis dias após a notícia de reintegração, a PM esclareceu, através de uma nota, que não recebeu nenhuma comunicação de determinação para que Prisco fosse reintegrado à corporação, o que acarretou na negação de reintegração. Marco Prisco explicou que muitos entrevistadores o chamam de ex-PM, porém não é. “Eu me considero um policial militar porque a justiça baiana, por três vezes, ordenou a minha reinteração à corporação do Estado. O Governo do Estado, mais uma vez zomba e não cumpre por três vezes uma ordem judicial”, relatou Prisco. Ele completa que é policial militar de fato e direito, por todas as ordens judiciais dadas e que não foram cumpridas pelo Estado. Situação financeira Marco Prisco é presidente da Aspra-Ba e, devido a todos os episódios, está vivendo de ajuda dos companheiros dessa entidade de classe. “A média salarial que eu tenho hoje é de R$ 800,00 (oitocentos reais), comparado a um salário de um PM hoje, está bem distante. Passo sérias dificuldades financeiras, graças a Deus tenho a minha esposa ela trabalha, é uma guerreira e é quem está sustentando a nossa família”, informa. A Aspra Pela Constituição os militares não podem fazer greve. Prisco confirma essa afirmação, contudo acrescenta que greve não é crime. A própria Constituição Federal não classifica como crime, fala que os militares não possuem o direito de realizar a ação. “O movimento foi pacífico e ordeiro, nós não invadimos a Assembleia Legislativa, nós ocupamos a área externa da Assembleia Legislativa. Fomos convidados pelo presidente da casa, o deputado Marcelo Nilo, para entrar e ocupar a AL e negamos”, disse Prisco. Marcos Prisco informa que espera que a Associação volte a funcionar normalmente, que a Aspra tenha os seus direitos como qualquer outra entidade, até porque não foi somente a Aspra que participou do movimento. Na oportunidade ele também comentou sobre a situação dos sargentos Marcus Vinícius e Francisco Ataíde. Marco Prisco caracteriza a forma como os sargentos estão sendo tratados de perseguição. “Sacrificar pais de famílias e famílias sem explicação eu acho um erro. Acredito que o momento agora seja de paz. Liberem nossa entidade, vamos sentar para tratar a situação com democracia. Ele informou ainda que os sargentos podem ser liberados ainda esta semana, devido ao intenso trabalho realizado pelos advogados. “Eles estão ainda sem receber os seus respectivos salários, mas a partir de abril acredito que voltem à folha salarial normal. Também podem ser demitidos, se o Governo do Estado quiser”, ressalta.

FONTE: AGORANEWS

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