CASO LUÍS DE FRANÇA: Advogada de Oficial cobra segurança para cliente ameaçado de morte
Por Tribuna do NorteA enfermeira Valéria Cortês, namorada do tenente Iranildo Félix, esteve na 11ª Delegacia de Polícia de Natal na manhã de hoje (19) para depor sobre o homicídio do lutador e professor Luiz de França. Valéria negou qualquer envolvimento com o professor e o delegado Sílvio Fernando, responsável pelas investigações, não considera mais o crime passional como principal linha de investigação.
Após ouvir a namorada do tenente Iranildo Félix, principal suspeito de matar Luiz de França no último dia 10, o delegado disse que apesar de retirar o crime passional como principal linha de investigação, ainda considera possível rixa entre o tenente e a vítima do homicídio.
Sílvio Fernando considera o depoimento do capitão Juscelino, que teria dito que viu Iranildo com a mesma roupa que o suspeito usava e posteriormente negou quando falou oficialmente à polícia, como principal prova. “Consegui testemunhas que comprovaram que o capitão mentiu durante o depoimento dele”, assegurou.
Questionado sobre possível relação entre o assassinato de Luiz de França e da ex-mulher do tenente Iranildo Izânia Alves, morta no domingo passado (16) na zona rural de Macaíba, Sílvio Fernando disse que isso “só se saberá no fim das investigações”. Ele afirma ainda ter pedido quebra de sigilo telefônico do tenente para verificar possíveis ligações suspeitas. A arma de Iranildo também passará por exames complementares e o delegado avaliará exame de corpo de delito feito em Valéria para averiguar possível agressão que ela tenha sofrido.
O delegado acrescentou que mais algumas pessoas serão ouvidas, que o tenente será ouvido novamente no fim das investigações e que o processo será encaminhado à Justiça “o mais rápido possível”.
Segundo a advogada Brenda Martins, que acompanhou seus clientes Valéria Cortês e Iranildo Félix, a enfermeira falou sobre sua relação com Luiz de França, com quem garantiu que não tinha qualquer tipo de envolvimento. Sobre a morte de Izânia Alves, a advogada Brenda Martins disse que o atentado seria contra Valéria, mas que a ex-mulher do tenente estava “no lugar errado, na hora errada”. Valéria também negou ter qualquer relação com Izânia e que apenas a conhecia de vista.
Foi dito ainda que a casa onde Valéria estava, na zona rural de Macaíba, próximo ao local do assassinato de Izânia, seria o destino de Iranildo para se proteger de novos atentados e a ex-mulher o acompanhava para aprender o caminho e poder levar os filhos do casamento com o tenente. Sobre sua internação na Promater, que considerou-se ser resultado de suposta agressão sofrida pela enfermeira, a enfermeira disse que sofreu uma queda em casa em decorrência de uma doença que resulta na diminuição de potássio.
A advogada Brenda Martins também questionou a falta de proteção dos seus clientes, alegando que ambos correm risco de vida, principalmente após os dois atentados que Iranildo já sofreu. Ela também reclamou do comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo, que teria se negado a receber ofício solicitando escolta policial ao casal.
O comandante geral da PM disse que o tenente Iranildo Félix foi hoje ao comando da Polícia com ofício requerendo uma pistola e colete balístico. “Ele está com o porte de arma suspenso pela junta médica e temos coletes disponíveis apenas para policiais que estão no policiamento ostensivo. Como ele está afastado, não posso fornecer esse material”, afirma. Araújo disse ainda que a defesa pode acionar a Justiça para fazer essas requisições. “A advogada pode procurar o Tribunal de Justiça ou o Ministério Público. Se a Justiça determinar, a PM cumpre”, acrescentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário