Sindicato pede que Ministério Público intervenha na segurança

É NOTÍCIA: Pau dos Ferros espera há anos pela inauguração do Itep, que irá atender aos municípios do Alto Oeste, desafogando o Itep de Mossoró.‏

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Pau dos Ferros espera há anos pela inauguração do Itep

O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (SINPOL/RN) pediu apoio ao Ministério Público Estadual para tentar encontrar uma solução emergencial para os graves problemas que atingem a segurança pública potiguar. A situação é ainda mais grave no interior. Pau dos Ferros, por exemplo, possui um presídio e um centro para presos provisórios, que funciona improvisadamente no prédio da Delegacia Regional de Polícia Civil. Essa, aliás, é uma das grandes queixas do sindicato dos policiais: manutenção de presos nas DPs.                                                                                   Um minucioso relatório foi entregue na quarta-feira (9) pelo presidente do Sinpol, Djair Rodrigues, ao Procurador-Geral de Justiça do MPE/RN, Rinaldo Reis Lima. A intenção dos policiais civis é fazer com que o Ministério Público interceda, propondo medidas administrativas e judiciais para fazer com que o Governo do Estado do RN amenize a crise do sistema carcerário e da própria segurança pública. Esses problemas se tornam ainda mais grave nos municípios do interior. A presença da Polícia Civil é praticamente inexistente. Muitas vezes, é a PM que faz este papel.

A preocupação do sindicato se estende também ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP), que funciona de forma extremamente precária no Estado. Ele está presente em três cidades, das 167 que compõem o RN: Natal, Mossoró e Caicó. Há anos que os moradores do Alto Oeste esperam pela inauguração do Itep de Pau dos Ferros, que iria atender os municípios da região, desafogando o Itep de Mossoró, que tem 67 cidades sob sua responsabilidade. Sem a estrutura adequada e com tamanha responsabilidade, o trabalho do Itep na região Oeste mostra-se ineficiente.                                                      Na representação, o Sinpol também pede que o Ministério Público Estadual apure todos os fatos que foram denunciados em um extenso relatório, como a existência de 3.500 cargos vagos de delegados, agentes e escrivães de polícia; o reduzido efetivo em 58 municípios do RN; e as precárias condições de trabalho. O Procurador-Geral de Justiça deverá encaminhar a representação para a coordenação das Promotorias de Investigação Criminal e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NUCAP), órgão do MP com atribuição para analisar a matéria.

FONTE: TRIBUNA DO ALTO OESTE