*Por Gilton Sampaio
Construída por homens e mulheres, com apoio de animais, que levavam, nos lombos, os materiais necessários. [A Capela] é uma das grandes lembranças de minha infância.
Subi várias vezes essa serra (pequena montanha) para visitar, rezar, fazer e pagar promessas. 5 dessas vezes, saíamos, em grupo de jovens, de Pau dos Ferros, subíamos a Serra, e retornávamos a pé. Ia e voltava a pé.
Na verdade, essa Capela nasce no mesmo período/época em que nasce oficialmente o município de Encanto. Poderia ser marco de uma época, de uma arquitetura, da fé e união de um povo. Será marco de falta de respeito à Memória de um povo, à história de um município.
Sei que será construído o Complexo Turístico no local, pelo que parabenizo. O Encanto precisa de um bom Complexo Turístico que valorize o município, afinal é um dos mais bonitos da região e de muitos outros municípios que conheci pelo mundo. O problema é que, no Projeto Arquitetônico, a simplicidade da Capela não combinaria com a modernidade das novas estruturas, segundo as autoridades.
Mas, por que não ser restaurada e ser transformada em Memorial/Museu para visitação. Se cada pessoa que subiu à Serra para ir à Capela contasse sua história, teríamos grandes documentários e, ao mesmo tempo, a história do Encanto e de todas suas famílias, pobres e ricas, poderiam ser contadas e assistidas pelas novas gerações.
Quem sabe dizer por que a Paróquia, o Bisco/Diocese e a Igreja Católica como um todo permitiram tão facilmente a sua demolição? Fui conversar com responsáveis por esse assunto, e soube que foi tudo autorizado pelas autoridades religiosas. Está tudo legal. Se tivessem consultado (ou se consultassem...) à população e aos fiéis da Capela de São João Batista no Encanto, o resultado ainda poderia ser outro.
Mais uma demolição apagará parte do Patrimônio Cultural de nosso Alto Oeste Potiguar. Uma pena. Uma lástima. Uma omissão das autoridades políticas, religiosas, comunitárias.
Saem vitoriosos e felizes a ignorância, a pobreza intelectual, o apagador de memórias, a modernidade sem memória. Triste!
*Professor doutor da UERN, diretor do campus de Pau dos Ferros.
Mazinho Capote
Construída por homens e mulheres, com apoio de animais, que levavam, nos lombos, os materiais necessários. [A Capela] é uma das grandes lembranças de minha infância.
Subi várias vezes essa serra (pequena montanha) para visitar, rezar, fazer e pagar promessas. 5 dessas vezes, saíamos, em grupo de jovens, de Pau dos Ferros, subíamos a Serra, e retornávamos a pé. Ia e voltava a pé.
Na verdade, essa Capela nasce no mesmo período/época em que nasce oficialmente o município de Encanto. Poderia ser marco de uma época, de uma arquitetura, da fé e união de um povo. Será marco de falta de respeito à Memória de um povo, à história de um município.
Sei que será construído o Complexo Turístico no local, pelo que parabenizo. O Encanto precisa de um bom Complexo Turístico que valorize o município, afinal é um dos mais bonitos da região e de muitos outros municípios que conheci pelo mundo. O problema é que, no Projeto Arquitetônico, a simplicidade da Capela não combinaria com a modernidade das novas estruturas, segundo as autoridades.
Mas, por que não ser restaurada e ser transformada em Memorial/Museu para visitação. Se cada pessoa que subiu à Serra para ir à Capela contasse sua história, teríamos grandes documentários e, ao mesmo tempo, a história do Encanto e de todas suas famílias, pobres e ricas, poderiam ser contadas e assistidas pelas novas gerações.
Quem sabe dizer por que a Paróquia, o Bisco/Diocese e a Igreja Católica como um todo permitiram tão facilmente a sua demolição? Fui conversar com responsáveis por esse assunto, e soube que foi tudo autorizado pelas autoridades religiosas. Está tudo legal. Se tivessem consultado (ou se consultassem...) à população e aos fiéis da Capela de São João Batista no Encanto, o resultado ainda poderia ser outro.
Mais uma demolição apagará parte do Patrimônio Cultural de nosso Alto Oeste Potiguar. Uma pena. Uma lástima. Uma omissão das autoridades políticas, religiosas, comunitárias.
Saem vitoriosos e felizes a ignorância, a pobreza intelectual, o apagador de memórias, a modernidade sem memória. Triste!
*Professor doutor da UERN, diretor do campus de Pau dos Ferros.
Mazinho Capote
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