Por Glaucia Paiva
A
crise no Rio Grande do Sul só agrava e os servidores públicos vão para o
terceiro dia de greve. Na segurança pública, policiais civis e
militares realizaram protestos diversos, contando, inclusive, com o
apoio de seus familiares.
Nessa terça, as mulheres dos policiais
bloquearam a entrada dos Batalhões da Brigada Militar protestando contra
o parcelamento dos salários promovido pelo Governo.
Com a crise e os servidores em greve, os
policiais militares do RS foram orientados a atenderem apenas as
ocorrências urgentes e emergentes, diminuindo o policiamento no estado
gaúcho. Em vista da mobilização dos policiais, o Secretário de Segurança
do Rio Grande do Sul, declarou que não pode ser admitido que policiais
militares se recusem a trabalhar, podendo ser passíveis de punição. “No
caso dos brigadianos, se houver algum que se recuse a trabalhar, pode
ser até caso de crime militar. Mas o comandante da Brigada Militar não
me repassou nenhum caso do tipo”, afirmou o secretário.
Nesta quarta (02), policiais civis e
brigadianos realizaram um protesto em uma das principais avenidas de
Porto Alegre, e apelaram à população que os apoiem na mobilização contra
o parcelamento dos salários. “A segurança não está sendo priorizada.
Nós que pegamos ônibus todos os dias, sabemos que precisamos estar
seguros. Necessitamos de policiais civis valorizados. Por isso estamos
aqui, para denunciar e pedir o apoio de vocês. Sem isso, não tem como”,
disse uma policial civil no interior de um transporte coletivo, sendo
aplaudida pelos passageiros.
Em outro momento, um boneco foi colocado
na via pública com um cartaz pendurado. No cartaz, a mensagem que
traduz o sentimento dos policiais militares não apenas do Rio Grande do
Sul, mas de todo o Brasil: “Policiais Militares: os últimos escravos do
Brasil”, dizia.
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