Bancários de instituições públicas e privadas de todo o país iniciam
nesta terça-feira (6) greve por tempo indeterminado. Eles querem
reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento
real), entre outras reivindicações.
A paralisação foi decidida depois mais de 40 dias de negociações
entre representantes dos trabalhadores e a Federação Nacional dos
Bancos. A Fenaban ofereceu 5,5% de reajuste para os salários e vales. A
proposta inclui abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário.
“Esse aumento proposto pelos bancos é inimaginável”, disse o
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf), Roberto von der Osten. “Reividicamos também garantia de
emprego, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas
que adoecem os bancários, e igualdade de oportunidades”, acrescentou. Os
bancários também pedem participação no lucros equivalente a três
salários mais R$ 7.246,82.
Em nota, a Fenaban informou que continua aberta às negociações e que a
proposta apresentada às lideranças sindicais prevê a participação nos
lucros dos bancos, de acordo com uma fórmula que, aplicada, por exemplo,
ao piso de um caixa bancário, de R$ 2.560,00, pode garantir até o
equivalente a quatro salários. Quanto à participação nos lucros, a
entidade propõe a distribuição de 5% a 15% do lucro líquido aos
bancários, como regra básica, além da parcela adicional que distribui
mais 2,2% do lucro de cada instituição.
Robson Pires
Robson Pires
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