O presidente interino, Michel Temer (PMDB), disse em entrevista à
revista “Veja” que privatizará tudo, “na medida do possível”. Na
conversa, ele garantiu que a Petrobras, principal estatal brasileira,
não fará parte do processo, por estar ligada “à ideia de nacionalidade,
patriotismo”. O peemedebista, no entanto, deixou claro que os Correios
podem ter destino diverso. Segundo ele, privatizar a estatal parece não
ser “tão complicado”. Não é a primeira vez que a predileção de Temer
pelas privatizações fica explícita. No programa “Uma Ponte para o
Futuro”, produzido oficialmente para orientar as discussões eleitorais
da legenda, o PMDB já apontava para este caminho.
Na entrevista à “Veja”, Michel Temer destacou que pode abrir novas
frentes de concessões e que irá incrementar as já existentes, nas áreas
de portos e aeroportos. Afirmou ainda que irá buscar novos investimentos
para o país em nações como Estados Unidos, Emirados Árabes e Japão. O
peemedebista afirmou que um dos aspectos negativos de figurar como
interino no cargo é o fato de outros países estarem aguardando o que vai
acontecer em agosto, quando deve ser concluído o processo de
impeachment.
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