O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito
Federal, disse hoje (21) que a Polícia do Senado atuava desde 2015 para
barrar as investigações de Operação Lava Jato contra senadores
investigados. As informações estão na decisão em que o juiz autorizou a
prisão temporária de integrantes da Polícia Legislativa.
De acordo com o magistrado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, chefe
da Polícia do Senado, que também foi preso, determinou, “cedendo a
pedido ou influência de outrem”, ações de seus subordinados para
“embaraçar conscientemente notória operação conduzida no âmbito do
Supremo Tribunal Federal”.
A PF apurou que a Polícia Legislativa fez varreduras em busca de
grampos em endereços particulares de senadores para encontrar escutas
ambientais e grampos telefônicos. Os parlamentares cujos endereços foram
vasculhados são a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e os senadores
Fernando Collor (PTC-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA). O ex-presidente e
ex-senador José Sarney também teve sua casa varrida em busca de grampos.
Segundo o juiz, as prisões e buscas nas casas e nos gabinetes dos
parlamentaras foram necessárias para “interromper a continuidade da
atividade criminosa” dos acusados.
R. Pires
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