DANA CAMPOS
Já se perguntou, alguma vez, quem você conhece do seu círculo familiar, de amizade ou de trabalho entregaria a própria vida por você. É, por você?!
Se você não sabe, eu tenho a resposta. E, mesmo sem te conhecer, saber onde mora ou qual seu ramo de atuação profissional, tenho a certeza de que um policial militar faria isso por você. Isso mesmo, um policial militar entregaria a própria vida por você.
Mas daí você me pergunta. Como tenho certeza disso? Como posso afirmar que um policial militar faria isso por você? Porque sei do juramento que todos eles fazem, ao escolher essa profissão: servir e proteger a sociedade, ainda com a própria vida.
Tá, mas daí vem você, novamente, e me contesta. Mas como? Se vez e outra vemos, lemos ou ouvimos notícias sobre policiais em escândalo de desvio de conduta ou envolvido em algum crime. Mais uma vez te dou a resposta: em um efetivo de mais de 7 mil policiais, o número de exclusões é de aproximadamente 0,35%. Isso, sendo uma instituição com segundo maior quantitativo profissional, atrás somente da Educação.
Não quero aqui subestimar os casos de transgressão militar, mas, sim, mensurar a você, o quanto valoroso é a maioria dos policiais militares, ao lidar diariamente em situações conflitantes, ainda sim, manter a postura ilibada, a integridade física, ética e moral em prol da sociedade. Pois, no cotidiano de atuação desses profissionais, existe muita denúncia falsa, extrapolada, equivocada e, algumas vezes, maldosa, com único intuito de prejudicar a carreira desse trabalhador.
Na essência, esses homens e mulheres são heróis de farda. Eles não são responsáveis pelas ações degeneradas de psicopatas, que torturam e matam pessoas
sem piedade; não são responsáveis pela educação de crianças e adolescentes desprovidos de estrutura familiar; não são responsáveis pela falta de consciência do motorista, que insiste em dirigir sob efeito de álcool, submetendo ele próprio e demais cidadãos ao risco de perder a vida em um acidente de trânsito.
Apesar de não serem responsáveis por todos esses problemas sociais, comportamentais e em muitas outras situações conflitantes como, por exemplo: brigas entre marido e mulher (Maria da Penha), discussão entre vizinhos por causa de um som alto (Disque Silêncio), manifestações populares, desapropriações de área; é função do policial militar mediar esses conflitos e estabelecer a ordem pública.
Ele ainda tem esse compromisso maior, feito em juramento ao ingressar nas fileiras da instituição, quase bicentenária (181 anos), de servir e proteger a sociedade, ainda com a própria vida.
A senhora Graciosa Godolan, de 88 anos foi prova viva desse juramento. Vítima de um incêndio ocorrido sábado (12), em Cuiabá. Além dela, outras cinco pessoas foram socorridas e resgatadas por policiais militares do 10º Batalhão.
Profissionais que encararam as escadarias do prédio em chamas, a fumaça preta e densa nos corredores até o oitavo andar, sem pensar em suas próprias famílias – filhos, esposas, mães, pais, irmãos – para salvar vidas de desconhecidos.
Mas não é qualquer desconhecido. É o cidadão para qual ele, policial militar, jurou entregar a própria vida para servi-lo e protege-lo.
Por isso, você, cidadão desconhecido, assim como eu, sinta orgulho, satisfação e respeito para com esse profissional que se entrega, que se coloca em risco nas mais diversas situações de perigo – assalto a banco, sequestro com vítima, manifestação turbulenta, ameaça com explosivo – para mediar conflitos, solucionar crises e liberar reféns, apreender e devolver bens materiais e, principalmente, salvar vidas!
Há quase oito anos na instituição, aprendi a reconhecer e valorizar esses profissionais. E sei que, o que eles mais prezam é o reconhecimento da sociedade sobre o trabalho que eles desempenham diariamente com lealdade, ética e compromisso: SERVIR E PROTEGER!
Dana Campos é jornalista e assessora de imprensa da Polícia Militar.
Matéria original Mídia News
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