No dia 11 de junho de 2015, oficialmente deu-se início aos trabalhos
pelo Governador Robinson Farias, em comissão idealizada por ele, de construção de atualização das legislações policiais e bombeiros militares, na ocasião o Governador em reunião em seu Gabinete apresentou aos presidentes de associações de Praças e Oficiais, aos Comandantes e a Secretária de Segurança
a época, a consultoria contratada para este fim. O Governador Robinson
Farias deixou clara a importância de atualizar o Estatuto, o Código de
Ética e Lei de Organização Básica, compromisso assumido em campanha, que
segundo
ele se orgulhava muito em começar a colocá-lo em prática ainda no
começo de seu mandato: “Estamos iniciando um trabalho amplo e
democrático, que mostra o respeito que temos pelos policiais e bombeiros
militares em nosso Estado. Os próprios militares serão protagonistas
neste processo de construção de uma polícia melhor, que refletirá na satisfação de todos”, assinalava na época o Governador.
Ocorre que quase dois anos se passaram e somente a Lei de Organização
Básica ainda tramita enquanto minuta dentro de órgãos do executivo.
Poderia ser a morosidade na comissão e no envio das minutas produzidas
por ela, o maior problema, mas surpreendentemente não é. A comissão e o
processo de discussões, embates, interesses em que ela está envolta tem
sido uma grande armadilha para os presidentes das associações de Praças,
basta considerar que um dos membros, o Presidente da Associação dos
Bombeiros Militares, Dalchem Viana, respondeu e ainda responde a três
processos administrativos desde que foi instituída a comissão.
Tudo leva a crê que os representantes institucionais ainda não estão
preparados a dialogar e exercer o contraditório a fim de construir uma
proposta legítima e adequada à Constituição Cidadã de 1988 - as
legislações a serem atualizadas datam de 1976 e 1982, não obstante não
condizerem com o contexto histórico democrático, ainda são amplamente
utilizadas como ferramentas de perseguição, de abusos de autoridade e da
manutenção do status quo na segurança pública, prova
disto é que numa comissão em que se propunha justamente a possibilidade
de argumentação e liberdade de expressão, sobretudo aos militares de
linha de frente da instituição, o que se tem de concreto hoje são quatro
dias de cadeia, dois procedimentos administrativos, e de acordo com a
publicação do Boletim Geral do Corpo de Bombeiros Militares, nº 227, no
dia 09 de dezembro, última sexta, um inquérito policial militar para
verificar se há indícios de crime na comissão idealizada pelo Governador
Robinson Farias. O Boletim foi chancelado pelo comandante interino da
instituição.
Que no dia da declaração de direitos humanos, comemorada hoje, possamos lembrar do processo em curso
de luta para sua efetivação, sobretudo para os últimos “subcidadãos” do
Brasil, os Bombeiros e Policiais Militares, especialmente o do Rio
Grande do Norte.
Assessoria de Imprensa
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