Os vários capítulos narrados pelos executivos da Odebrecht trouxeram
um guia da corrupção política e provocaram a avalanche que há tempos se
esperava. O descrédito e a sensação de que não há saída para o país se
espalharam, calcados nos números superlativos trazidos à tona pelo
ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal
Federal.
Há razões óbvias para o desânimo, mas, segundo cientistas políticos e
juristas ouvidos pelo GLOBO, a crise aguda também é uma oportunidade
para uma correção de rumos, em busca de um modelo político mais honesto,
transparente e que possibilite a renovação de nomes.
R. Pires
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