Por
Glaucia Paiva
Na última semana, os policiais e
bombeiros militares do RN assistiram mais um caso de prisão disciplinar na
corporação policial militar que ganhou repercussão.
O fato aconteceu em Pau dos Ferros com
um Soldado da Polícia Militar e estudante de direito que, ao saber de uma
escala extra para o período do Carnaval, teria informado ao seu comandante
imediato que não era voluntário para tal serviço, como manda a Lei de Diárias
Operacionais.
De acordo com o PM, mesmo informando
ao Comandante do Batalhão, seu nome constou na escala de serviço e, como teria
uma viagem marcada, o policial não compareceu, ensejando sua prisão disciplinar
determinada.
Estudante de direito, o Soldado da
Polícia Militar teve sua liberdade restrita, o que gerou danos em sua vida
pessoal, perdendo, inclusive, provas importantes da faculdade.
O caso ganhou repercussão no Estado.
Inicialmente, o Soldado recebeu o apoio de outros alunos do Curso de Direito,
que criticou a punição de restrição da liberdade de um servidor apenas por
“faltar ao serviço extraordinário para o qual estava escalado”.
“Há uma imensa desproporcionalidade
entre a infração disciplinar e a sanção imposta”, disse um estudante. “No
ordenamento jurídico como um todo, a sanção, até mesmo a penal, é aplicada no
intuito de reprimir a infração, e a privação de liberdade, em qualquer caso, é
aplicada apenas em último caso”, explicou.
O fato também foi abordado por
parlamentares em sessões oficiais no Poder Legislativo. Na Assembleia
Legislativa, o Deputado Kelps Lima criticou a punição e mandou o Governador
prender bandidos e não polícia.
Também o Vereador Sargento Monteiro, de Pau dos Ferros utilizou a tribuna para falar do caso em defesa dos dois policiais, e pediu ao Governador para acabar com a prisão administrativa.
Também o Vereador Sargento Monteiro, de Pau dos Ferros utilizou a tribuna para falar do caso em defesa dos dois policiais, e pediu ao Governador para acabar com a prisão administrativa.
De acordo com o Soldado, a punição foi
cumprida, mas os meios jurídicos já foram acionados no intuito de ressarcimento
de possíveis danos.
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