A diretoria de Alcaçuz –maior penitenciária do Rio Grande do Norte e
palco de massacre de 26 presos durante rebelião ocorrida em janeiro
deste ano– permitiu entrada de crianças na unidade pela primeira vez
após o conflito.
Nesta semana, na quinta (10) e na sexta (11), mais de cem crianças
filhas de presos puderam participar da visita semanal para comemorar
antecipadamente o Dia dos Pais.
A liberação ocorreu apenas para visitas dos presos do pavilhão 3 da
unidade, o único que já foi totalmente reconstruído e que voltou a ser
ocupado após a rebelião. Nessa ala, ficam aproximadamente 400 detentos.
As visitas ocorreram das 10h às 13h.
Segundo informações do secretário de Justiça e Cidadania do Rio
Grande do Norte, Mauro Albuquerque, as famílias também foram autorizadas
a levar almoço para os presos, o que ainda não havia sido permitido
desde a rebelião.
Para a visita especial, a pasta reforçou os cuidados com revista dos
alimentos e preparou um espaço controlado na área interna do pavilhão
para que as crianças pudessem interagir com os pais.
Desde semana passada, a diretoria do presídio intensifica ações de
socialização dentro da unidade. "Há uma semana trouxemos um pastor para
realizar um culto para os presos evangélicos e estamos aguardando alguém
da Igreja Católica para realizarmos uma missa. A nossa intenção é de
que esses eventos religiosos ocorram a cada 15 dias e, depois, toda
semana", disse Albuquerque.
Além dos 400 presos que ocupam hoje o pavilhão 3, Alcaçuz conta com
outros 800 presos apenados que estão no Pavilhão 5. Esses, por uma
questão de segurança, não receberam o mesmo benefício para o Dia dos
Pais.
Ocâmera
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