Vídeos de Funaro abrem nova crise Temer-Maia
A divulgação dos vídeos da delação premiada do operador Lúcio Funaro
causou um novo confronto entre o presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente Michel Temer. Para interlocutores
do Palácio do Planalto, a medida é mais uma ação de Maia para tentar
constranger o governo e mostrar descolamento do presidente. O governo
avalia que o deputado não tinha a obrigação de colocar os vídeos no site
da Câmara.
O episódio levou a um bate-boca público entre Maia e a defesa de
Temer, justamente na semana em que a Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Câmara vai analisar o relatório da segunda denúncia contra o
presidente, por obstrução da Justiça e organização criminosa no caso
J&F. Neste sábado, 14, o advogado Eduardo Carnelós publicou nota
para criticar “vazamentos criminosos”. Maia contra-atacou e disse que o
defensor é “incompetente”. Carnelós recuou e, também em nota, disse que
“jamais” imputou “a prática de ilegalidade” ao deputado.
Falso “filho de Sarney” aplica golpes na praça

É preciso boa dose de ingenuidade da vítima. Afinal, só quem não sabe
nada sobre o poderoso clã político do Maranhão o acreditaria capaz de
golpe tão modesto.
Foco da semana no Congresso será denúncia contra Temer e retorno de Aécio
Nesta semana, as atenções de deputados e senadores estarão voltadas
principalmente à análise pela Câmara da denúncia contra o presidente
Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria-Geral), além da decisão sobre o futuro de Aécio Neves
(PSDB-MG), afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir de terça-feira (17), quando retornam a Brasília depois do
feriado prolongado do dia 12 de outubro, os deputados se concentrarão na
análise, discussão e votação na Comissão de Constituição e de Justiça
(CCJ) da Câmara da denúncia do Ministério Público Federal contra o
presidente Temer e ministros.
O parecer sobre a peça foi apresentado na última terça-feira (10)
pelo relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a
rejeição do prosseguimento da denúncia, afirmando que ela se baseia em
“delações espúrias, sem credibilidade não havendo justa causa para o
prosseguimento da ação penal”.
Por Robson Pires
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