A Justiça revogou a prisão preventiva da manicure Lúbia Camilla
Pinheiro Gorgete, de 26 anos, e de outros cinco acusados de participar
de uma quadrilha de assalto a bancos, em Mato Grosso e outros estados.
Lúbia era beneficiária do Bolsa Família e ostentava na web com fotos de
viagens e carros de luxo.
Para o juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal da Comarca de
Cuiabá, autor da decisão dada no dia 27 de fevereiro, a jovem e os
outros cinco acusados têm residência fixa e condições de arrumar um
trabalho.
“Ficou demonstrado que os acusados são primários, possuem residência
fixa no distrito da culpa e há possibilidade de constituir emprego
lícito”, argumenta, na decisão.
Ela foi presa duas vezes, no ano passado. A primeira vez, em maio, e a
segunda, em junho. Na primeira vez, ela conseguiu a prisão domiciliar
ao alegar que precisava cuidar dos filhos, mas depois foi identificado
que ela não tinha a guarda das filhas, que moravam com a avó.
Na decisão do dia 27 de fevereiro, o juiz Marcos Faleiros, da 7ª Vara
Criminal da Comarca de Cuiabá, determinou que ela e os outros
beneficiados com a sentença sejam monitorados com o uso de tornozeleira
eletrônica.
“Expeça-se o competente alvará de soltura, mediante a imposição de
medida cautelar fixada, colocando-os em liberdade, salvo se por outro
motivo justificar a manutenção da prisão”, determinou.
Lúbia estava presa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
Os seis acusados junto com outras nove pessoas, que, no entendimento
do magistrado, devem continuar presas devido ao grau de periculosidade.
“Comprovou-se que os acusados exerciam intensas atividades ilícitas de
furtos qualificados a bancos, com a subtração de expressivos valores”,
diz.
Já sobre a manicure e os outros cinco acusados Thassiana Cristina de
Oliveira, Jurandir Benedito da Silva, Diego dos Santos, Kaio da Silva
Nunes Teixeira e Hian Vitor Oliveira Cavalcante, o juiz afirma que,
apesar dos fortes indícios da participação na organização criminosa,
entende que as prisões devem ser revogadas.
A quadrilha teria assaltado pelo menos 10 agências bancárias e causado prejuízo de R$ 5 milhões.
No ano passado, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 2 milhões
da conta bancária de Lúbia. O valor é referente a R$ 1,2 milhão roubados
de uma agência bancária em Cuiabá, e os outros R$ 800 mil, foram
furtados de um banco em Poconé, a 104 km de Cuiabá.
Globo
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