Por Robson Pires
A boa receptividade à candidatura de Joaquim Barbosa pelo “mercado”
deve-se a um fator insuspeitado pelos observadores da cena pré-eleitoral
brasileira. A figura de um ministro da Suprema Corte, com sólida
formação acadêmica, reputação ilibada e distante do ambiente político
foi acolhido no exterior como um indício de que o Brasil pode recuperar a
credibilidade e voltar a seu antigo lugar na comunidade internacional
de negócios.
A oferta de um candidato politicamente correto, algoz dos corruptos e
de forte conteúdo identitário (viés discutível para a campanha, segundo
alguns segmentos do campo eleitoral do candidato) é sua base de
lançamento. Entretanto, no exterior ele é visto como uma retomada do
poder por um mandatário de grande estatura, capaz de levar para a
administração seriedade e competência técnica.
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