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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Comandante da PM diz que deixará o governo, caso acordo não seja cumprido

Executivo prometeu enviar um projeto de lei à AL, em setembro, corrigindo distorções salariais.

Fátima Elena Albuquerque


O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alarico Azevedo, afirmou nesta terça-feira (18), em entrevista ao programa RN Acontece, que caso o Governo do Estado do Rio Grande do Norte não cumpra com o compromisso assumido com a PM e o Corpo de Bombeiros de enviar um projeto de lei ao Legislativo até o mês de setembro, corrigindo distorções salariais e implantando isso até março do ano que vem, ele deixará o cargo.
"Se realmente não for apresentado e não for cumprido, colocarei meu cargo à disposição", disse o comandante-geral. Ele disse que o mesmo posicionamento foi explanado pelos secretários Francisco Araújo Silva (Segurança Pública) e Virgínia Ferreira (Administração), bem como pelo comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luiz Monteiro da Silva.  "Teremos que ser muito prudente e responsáveis para que a apresentação de dados seja bem aceitáveis em setembro. Sou coronel da Polícia Militar, estou comandante-geral, entendo, corroboro e ratifico tudo o que foi dito pelas associações e entendo a situação do governo", acrescentou.
Reduzir as diferenças salariais entre profissionais das polícias Civil e Militar foi um dos pontos acordados entre o Governo do Estado e os policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte, após paralisação realizada nessa segunda-feira (17).
Outro item que ficou acertado em reunião realizada na Governadoria e com a participação dos comandantes da PM, coronel Alarico Azevedo, e dos Bombeiros, Luiz Monteiro da Silva, além do secretário de Segurança Pública, coronel Francisco Araújo Silva, e de membros de associações de classes e representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional RN, foi a implantação, por parte do Executivo, de promoções e níveis dos policiais e bombeiros, que estão atrasados.
ALARICO-H2

Coronel Alarico Azevedo explicou que a PM e o Corpo de Bombeiros está há muitos anos sem uma reposição salarial, sem falar que há uma diferença entre as categorias – PM e Polícia Civil. “Não queremos dizer quem é melhor. Todos fazem o seu trabalho com excelência, mas, para a Polícia militar, diante da distorção que existe, a categoria está exigindo que haja algum aumento, para que a gente possa diminuir essa diferença salarial”, disse.
Ainda de acordo com Alarico Azevedo, foi apresentado ao governo um percentual de 60%. “Nós sabemos que a dificuldade não é só no RN, mas em todo o País e pedimos que todos compreendessem a situação. Será formado um grupo de estudo com todas as associações, a área econômica do Governo do Estado e a OAB e até setembro será enviado para a Assembleia Legislativa uma proposta de lei para corrigir a distorção, o que deve ser aplicado em março do ano que vem”, afirmou o comandante-geral. 

Confira a entrevista:

AMS

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