O pentacampeão de F1 sofreu um grave acidente de esqui em dezembro de 2013 e, desde então, sua família mantém seu estado de saúde em sigilo
Schumacher na época em que pilotava para a Ferrari
Lluís Gené/EFE - 24.1.2001
Michael Schumacher trava uma luta pela vida desde que sofreu um acidente de esqui há quase seis anos, em Méribel, na França. O alemão teve graves lesões cerebrais, que o deixaram em coma, sobrevivendo com a ajuda de aparelhos. A família, discretíssima, repassa poucas informações à mídia. Mas isso nunca impediu conjecturas sobre a perspectiva de cura e as reais condições físicas do piloto.
Esse sensacionalismo mórbido acompanha a imprensa desde que os primeiros tabloides deram sua largada. E voltou ao pódio esta semana, com a especulação de um jornal francês sobre uma suposta internação de Schumacher – que estaria consciente – para se submeter a transfusões de células-tronco.
As informações oficiais, como esperado, nada confirmam. Mas especialistas são muito céticos e, a rigor, duvidam da solução de problemas neurológicos e de medula com esse tipo de abordagem, ainda experimental. A versão mais otimista considera, no máximo, a hipótese de se obter uma "ação anti-inflamatória sistêmica".
Obviamente que todo esse espetáculo em torno da tragédia do heptacampeão da F1 chega às famílias de pacientes anônimos que se encontram em situação semelhante. E elas, é natural, se iludem e criam falsas esperanças – que podem vir a dobrar o sofrimento e a frustação de todos quando não se confirmam.
Não só os fãs de Schumacher torcem pela sua recuperação. O restabelecimento dele seria uma ótima notícia para toda a humanidade. Inaceitável é a falta de escrúpulos, a ausência de cuidado ao propagar fatos não confirmados – exatamente porque não se brinca com a vida de ninguém.
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