Relato é da esposa de Paulo Victor de Brito, assassinado durante roubo na noite de segunda (10) em Macaíba.
Paulo Victor de Brito, de 20 anos, morreu durante assalto em Macaíba, na Grande Natal — Foto: Cedida |
"Era para eu ter entregado essa moto". Essas foram algumas das últimas palavras do jovem Paulo Victor de Brito, de 20 anos, antes de morrer, na noite desta segunda-feira (10), em Macaíba, na Grande Natal. O relato é da companheira dele, a estudante Weslaine Carvalho. Para a família, não há dúvidas de que o homem foi morto após reagir a um assalto. Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil.
Segundo Weslaine, o companheiro sempre dizia que não entregaria a motocicleta em um possível assalto. "Ele dizia: 'foi com meu suor e com o suor da minha mãe, eu não entrego minha moto a vagabundo nenhum'. Só que antes de ele morrer ele me disse 'era para eu ter entregado essa moto'. Então não tem nenhum dúvida que era um assalto", conta ela.
"Tirou a vida do meu filho, tirou minha vida", disse a mãe do jovem, Maria da Conceição de Brito. Segundo a família, o jovem era apaixonado por motos e participava de grupo de motociclistas.
Paulo Victor tinha 20 anos — Foto: Redes Sociais/Reprodução |
Paulo Victor trabalhava em uma fábrica de temperos e foi abordado por um trio de criminosos na Avenida Mônica Dantas, próximo ao prédio da prefeitura municipal. A vítima estava de moto e havia deixado a mãe no trabalho dela, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Macaíba.
"Os criminosos queriam a moto dele. Na ida, ele já desconfiou que poderia ser assaltado por uns motoqueiros. A vítima seguiu, deixou sua mãe na UPA e na volta foi assaltado, reagiu e foi baleado", afirma Marcus Vinicius, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Após sofrer os disparos, Paulo Victor ficou caído na rua e contou com a ajuda da população que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado para a UPA de Macaíba, coincidentemente o mesmo local de trabalho da mãe, mas não resistiu e morreu ao dar entrada na unidade.
O caso será investigado pela DHPP. Quem tiver informações que possam ajudar a esclarecer o crime pode denunciar por meio do telefone 181, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).
G1-RN
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