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A comerciante Ana Paula Xavier, 34, sempre teve o hábito de deixar o carregador do seu celular fixo na tomada. No mês passado, no entanto, essa atitude acabou se transformando em um pesadelo. Mãe de quatro filhos, Ana Paula, que mora em Queimados, Rio de Janeiro, relata que um dia acordou como de costume às 3h30 da manhã para fazer café, quando teve uma surpresa. Ela saiu da cozinha e percebeu um clarão vindo do seu quarto, onde estavam sua filha Rafaela, 5 anos, e seu bebê Bernardo, 6 meses.
Foi o marido dela, Orlando Félix, que sentiu o cheiro de queimado. Ao chegar ao local, eles perceberam que o cabo do carregador estava derretido, devido a um curto-circuito, originando um pequeno incêndio, que se alastrou pelo seu colchão. Ana Paula explica que tinha acabado de tirar o celular do cabo, mas não retirou o carregador da tomada.
Para conter o incêndio, o casal retirou o colchão, que é altamente inflamável, e o marido da comerciante pegou um pouco de água para apagar o fogo, que não se alastrou muito, queimando apenas parte do colchão e um pouco do travesseiro. Ana Paula ficou aliviada porque seus filhos não se machucaram, mas conta que eles ficaram bem assustados, principalmente a pequena Rafaela. A menina estava dormindo em um colchão ao lado da cama da mãe. Felizmente, o fogo não a atingiu e nem ao irmão.
Após o ocorrido, Orlando lacrou a tomada para não ser mais usada. O casal também não deixa mais o carregador fixo na tomada. "Depois de um tempo, fiquei pensando na saúde dos meus filhos, com medo que pudessem ter inalado alguma fumaça, mas eles estão bem", desabafa a mãe.
Carregador de celular e cama não combinam!
Segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2019, foram registradas 16 ocorrências de incêndio por sobrecarga usando o celular, sendo que duas pessoas morreram. O engenheiro eletricista e diretor executivo da Abracopel, Edson Martinho, explica que não é recomendado deixar o carregador do celular fixo na tomada. "Enquanto está na tomada, o carregador está consumindo energia e se ele fica muito tempo pode gerar um aquecimento fora do normal, causando um curto-circuito interno e consequentemente um incêndio", diz.
No caso da Ana Paula, o caso ainda tinha mais um agravante, já que a faísca acabou se espalhando para o colchão ao lado, que é extremamente inflamável. Edson explica que nesse caso o ideal é tentar abafar o fogo com um cobertor ou mesmo com água, mas em hipótese nenhuma jogar água na tomada que está pegando fogo, pois a pessoa pode ser eletrocutada.
Fonte: Crescer
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