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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Polícia realiza prisões em ação para capturar grupo suspeito de matar PMs em fazenda de RO


Polícias deflagram operação para prender grupo que matou PMs em fazenda de Rondônia. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

A polícia realizou nesta sexta-feira (9) prisões na ação que está em curso para prender o grupo suspeito de emboscar policiais em uma fazenda do distrito de Nova Mutum, em Rondônia, que iniciou na quinta-feira (8). Informações preliminares apuradas pela Rede Amazônica indicam que, até o momento, ao menos duas pessoas foram capturadas.

A emboscada ocorreu no último fim de semana e resultou na morte de dois policiais militares. A operação na área, que tem pelo menos 40 mil hectares de mata, pode se estender até a próxima segunda-feira (12) e conta com reforços de aproximadamente 150 agentes entre policiais civis, militares e ambientais.

Os suspeitos de participarem da emboscada – cerca de 15 pessoas – têm mandados de prisão em aberto por outros crimes. Em entrevista coletiva no último domingo (4), o Coronel Plinio, subcomandante da PM, informou que o grupo responsável pela emboscada é de "alta periculosidade, com treinamento de guerrilha".

Em sobrevoo, mulheres e crianças foram avistadas e, com isso, a orientação foi para retrair a tropa e garantir que a operação fosse de resgate. Segundo o governo do Estado, a região onde acontece a operação é conhecida por ser uma área de conflito agrário.

"Não podemos dizer que eles fazem parte de movimentos sociais. Ocorre que nessa ação nos deparamos com uma quadrilha organizada. E o estado está tomando todas as medidas necessárias e adequadas. É uma área de conflito agrário", reforçou o subcomandante.
Área onde ocorre operação é de conflito agrário, segundo o governo de Rondônia. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Doação de sangue

O tenente Fredson Amorim Ferraz, da Polícia Militar (PM), segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital João Paulo II em Porto Velho. O policial foi baleado no abdômen por um tiro de fuziil na fazenda onde acontece a operação.

Depois de ser baleado, Ferraz foi socorrido às pressas para o Hospital João Paulo II e submetido a uma cirurgia. Porém, devido à gravidade dos ferimentos, o policial foi transferido à UTI.
Tenente da PM Fredson Amorim Ferraz segue internado em Porto Velho — Foto: Facebook/Reprodução

Nesta sexta, a família iniciou uma campanha nas redes sociais para doação de sangue ao tenente. "Iniciamos a campanha de doação de sangue para nosso irmão, o tenente da PM Fredson Amorim Ferraz, que se encontra hospitalizado em razão de um disparo de arma de fogo na região de Nova Mutum!! Seu sangue é O +", diz a mensagem da campanha.

Quem tiver sangue O+ pode procurar o hemocentro de Porto Velho e fazer uma doação direta para o tenente da PM. A Fhemeron em Porto Velho fica localizada na Avenida Governador Jorge Teixeira, 3766, ao lado do Hospital de Base. O agendamento para a doação pode ser feito pelo (69) 3216-2234.

Entenda o caso ponto a ponto:

  • A fazenda onde ocorreu o crime fica na BR-364, no sentido Acre, após Nova Mutum distrito de Porto Velho;
  • O primeiro policial morto foi o tenente da reserva José Figueiredo Sobrinho, que pescava com familiares e amigos quando foi abordado pelos criminosos;
  • Uma testemunha contou que Figueiredo foi confundido com segurança da fazenda quando o grupo armado encontrou a identificação do PM;
  • Figueiredo e os companheiros foram agredidos e o tenente reformado foi levado para o outro lado da estrada e morto com 10 tiros no rosto e no peito;
  • O carro do tenente foi incendiado;
  • Os sobreviventes deixaram o local e conseguiram pedir socorro em uma comunidade próxima;
  • Equipes da PM se deslocaram até a fazenda para resgatar o corpo de José Figueiredo, mas foram emboscados e recebidos a tiros na propriedade;
  • O sargento Márcio Rodrigues da Silva e outros quatro militares foram feridos.
  • No domingo (4), uma operação da PM retirou o corpo do tenente Figueiredo, confirmou a morte do sargento Rodrigues e resgatou os policiais feridos.
Figueiredo e Rodrigues: policiais mortos em emboscada em Rondônia — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Investigações

Pelo menos 100 policiais foram deslocados para a região das mortes em uma operação inicial para procurar os criminosos envolvidos nos assassinatos. Segundo a polícia, uma milícia armada que atua na grilagem de terras estaria por trás dos ataques.

PM deflagra operação para resgatar policiais emboscados

O setor de inteligência apurou que a região é de conflito agrário. Em sobrevoo, mulheres e crianças foram avistadas, com isso, a orientação foi para retrair a tropa e garantir que a operação fosse de resgate.

O governador Marcos Rocha garantiu, no domingo (4), que o Estado vai usar a força necessária para prender os autores dos crimes. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital.

Fonte: Rede Amazônica
O grito alto oeste

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