Os deputados federais do PSL se rebelaram contra o acordo da cúpula do partido e tiraram 53 votos que eram dados como certos para o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), na disputa pela presidência da Câmara. Essa debandada da campanha chefiada por Rodrigo Maia representa uma reviravolta A reversão de votos provoca um grande impacto na candidatura de Baleia Rossi, que somava o presumível apoio de 282 deputados, agora tem apenas 230, enquanto Arthur Lira saltou de 196 para 248 votos, considerando que todos os deputados sigam a orientação de votos dos seus líderes.
O deputado Victor Hugo (PSL-GO) divulgou nesta noite (7) uma nota confirmando que o seu partido, do qual foi líder, decidiu abandonar o “bloco de esquerda” que apoia a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) para apoiar Arthur Lira (PP-AL) na disputa pela presidência da Câmara. “Era um absurdo que o PSL traísse seus eleitores e se ligasse a um bloco que congrega partidos como o PT, PCdoB, PSB, PDT e outros que defendem tudo contra o qual lutamos esses anos todos!”, afirmou o deputado Victor Hugo em sua nota anunciando a saída do seu partido do bloco de esquerda.
Rebelião organizada
Ele conta que organizou uma lista de adesão com apoio de 32 deputados federais do PSL. “Com isso, vamos para o bloco que apoiará a candidatura do Dep Arthur Lira”, disse o parlamentar, confiante na articulação. “Vamos vencer nossas batalhas por partes”, ponderou. Victor Hugo informou que fez uma consulta à Procuradoria Parlamentar da Câmara para garantir que as assinaturas dos Deputados suspensos ilegal e ilegitimamente sejam considerados. O problema é que a decisão será da atual mesa diretora da Câmara, cujo presidente é o artífice na candidatura de Baleia Rossi.
Ao decidir monocraticamente afastar deputados do PSL que não rezam na cartilha da cúpula do partido, Rodrigo Maia cometeu o erro infantil de não incluir o Bloco Partidário entre as atividades que vedou aos parlamentares “cassados” por sua decisão. essa brecha permitiu a reviravolta.
Por isso, o deputado do PSL-GO avisou que se o ainda presidente da Câmara, Rodrigo Maia ou a cúpula do PSL resistirem à decisão da bancada “e não reconhecerem nossas assinaturas, iremos judicializar.” Mas o deputado está otimista. “Vamos vencer”, disse ele, que considerou esta quinta-feira “um grande dia”, considerando o que classifica como “reviravolta”.
DIÁRIO DO PODER
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