Última atualização em 1 de novembro de 2020
Se perguntando o que é o dia de finados e o que ele representa? Ou procurando saber o que significa o dia de finados para os evangélicos? Como sempre, vamos investigar o pano de fundo histórico de como e quando surgiu este feriado, por quais motivos, o que é feito nele, e assim vamos ter uma ideia madura a respeito deste 2 de Novembro.
Neste feriado, algumas pessoas visitam os túmulos de seus ente queridos e antepassados para ficar se enchendo de ressentimentos e tristezas. Isto não é saudável! Recordação é uma coisa, mágoa é outra.
Por que do dia de finados e quando ele surgiu?
O dia de finados foi oficialmente instituído no dia 2 de novembro no século XIII (13), pela Igreja Católica Romana, e seu propósito era, basicamente, reunir a comunidade para rezar pela alma de seus mortos, a fim de que esta fosse purificada e recebida por Deus, tendo seus pecados perdoados.
No século V (5), a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.
Também o abade Odilo de Cluny, em 998, pedia aos monges que orassem pelos mortos. Foi Odilo quem criou o feriado de Dia de Todas as Almas, atualmente Dia dos Finados e Dia dos Mortos (em 2 de novembro) para ser celebrado em Cluny e em todos os mosteiros da ordem (provavelmente não em 998, mas depois de 1030), e a festa logo passou a ser celebrada por todo o cristianismo ocidental. Fonte: Wikipédia.
De acordo com artigo publicado no Wikipédia, desde o século XI (11) os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.
A doutrina católica utiliza de algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12:12; Jó 1:18-20; Mat. 12:32 e II Macabeus 12:43-46).
Embora a data só foi oficialmente instituída no século XIII (13), desde o século II alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. É o que dizem.
A principal base para se rezar pela alma dos mortos (que estariam no purgatório) encontra-se, como vimos, no 2º livro dos Macabeus, cap. 12:43-46, escrito por volta dos séculos 2 e 1 a. C.
Veja que o versículo 46 fala exatamente de redimir os mortos de suas faltas, rezando por eles:
“era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.” (II Macabeus, 12 – Bíblia Católica Online)
Todavia, devo lembrar a todos que o livro dos Macabeus foi considerado um livro apócrifo, isto é, que não foi inspirado por Deus, porque entra em desacordo com o restante dos livros da Bíblia Sagrada.
Por este motivo não encontramos deste livro nas versões da Bíblia comumente usada pelos evangélicos e judeus.
Ele pode até ser usado para se tomar conhecimento de alguns acontecimentos históricos, mas não como fonte de ensino teológico.
Para mais informações, veja aqui no blog um estudo mostrando todas e contidas nos livros da Bíblia católica romana.
Crente pode ir ao cemitério no dia de finados?
Nós não devemos visitar túmulos no dia de finados com intenção de rezar pela alma dos mortos porque a Bíblia deixa claro que estes não tem mais oportunidade de salvação.
Porque a sepultura não pode te louvar. A morte não pode celebrar a ti. Aqueles que descem à cova não podem esperar por tua verdade. O vivente, o vivente, ele te louvará, como eu faço neste dia. O pai fará conhecida à criança tua verdade. (Isaías 38:18-19 BKJF)
Cultuar os mortos é pecado, ou rezar por eles, pois depois da morte só nos resta o juízo!
E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o julgamento. (Hebreus 9:27 BKJF)
Além disso, em Romanos 14:12, a Bíblia deixa claro que cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. Por isso, de acordo com a palavra de Deus, com a teologia bíblica, é inútil rezar por alguém que já morreu.
Todos seremos julgados de acordo com nossas obras, de acordo com o que tivermos feito em vida, e assim receberemos o castigo eterno ou a vida eterna (Leia Apocalipse 20:12-15).
Por isso, não existe purgatório, um lugar onde nossa alma fica supostamente sofrendo um castigo temporário (ou passando por uma purificação), até que seja redimida.
Neste caso a intercessão, sacrifícios e as rezas por esta alma ajudariam no processo de enviá-la mais depressa ao Paraíso. É o que tal doutrina católica ensina.
No entanto, Deus deixou claro em Sua Palavra que para sermos salvos devemos acreditar em Seu Filho, nosso Senhor Jesus, enquanto estamos em vida (At 4:12).
Acreditando assim no Senhor Jesus, devemos nos arrepender de nossos pecados, e desta forma nos reconciliarmos com Deus e vivermos para Ele, assim seremos salvos (At 17:30; 20:21; Rm 5:1; 2 Co 5:18,19; 1 João 1:9).
A salvação é um ato individual e pessoal de fé no Senhor Jesus, os mortos portanto não podem mais voluntariamente crer nele para serem salvos (Ef 2:8,9).
Para que uma pessoa seja salva, é necessário que esta creia no Senhor Jesus, receba-o em sua vida e confesse-o (Jo 1:12; Rm 10:9,10).
Trazer à tona as boas lembranças e lições que você aprendeu e viveu com a pessoa que já se foi é permitido (Ecl. 7:2; Yakob 5:11).
Há pessoas que vão aos túmulos de seus mortos apenas para reviverem boas lembranças que estes deixaram; embora possa-se fazer isso em qualquer lugar e a qualquer hora, o grande problema é a reza por eles (Sl 6:5; Sl 115:17; Is 38:18).
A Bíblia por si só se explica, ela é a Palavra de Deus, então não devemos levantar motivos para discutir e/ou questionar.
A Bíblia foi escrita por homens, mas inspirada por Deus (2 Pe 1: 20-21), e portanto não deve haver contradições, tal como esta do livro dos Macabeus, a respeito da reza pelos mortos.
Devemos lutar pelas pessoas enquanto estão em vida, e não quando já morreram (At 20:35; Gl 6:10); devemos valorizar as pessoas enquanto estão em vida (Jo 13:34; Rm 12:10), quando morrerem será tarde demais.
Aliás, você há de concordar comigo que chega a ser hipocrisia não dar o devido valor e amor às pessoas enquanto elas estão em vida, mas depois que morrerem ficarmos demonstrando profundo sentimento e amor por elas, demonstrando sentimentos que na verdade não tínhamos por elas enquanto estavam em vida, indo rezar por suas almas.
De outra forma, se sabemos que tal pessoa viveu temente a Deus e amando ao Senhor Jesus, vivendo de acordo com seus ensinamentos (1 Jo 2:3-5), por que ainda rezar por ela, se já foi salva?
Não existem “restos de pecados” para se purificar após a morte, pois o Senhor é o Cordeiro de Deus que carregou sobre si o nosso pecado (1 Pe 2:24); a salvação é dom do Senhor! (Ef 2:8,9)
Assim também, se fizemos todo o possível para que uma pessoa recebesse ao Senhor em vida, mas mesmo assim esta não o recebeu, temos então a nossa consciência em paz, entendendo que cumprimos com nosso dever (Ez 33:9).
Jó, por exemplo, foi um homem que lutou por seus filhos enquanto estes estavam vivos, fazendo de tudo para aproximá-los de Deus e purificar suas vidas diante dele; por isso, quando estes vieram a morrer, Jó não sentiu remorso (Jó 1:5, 18-22).
De forma semelhante, o rei Davi lutou pela vida de um de seus filhos, o recém nascido do adultério com Bateseba, enquanto estava vivo, depois que a criança morreu ele cessou de clamar por ela, porque já não havia mais nada que poderia fazer pela mesma (2 Sam. 12:18-23). Isso é a teologia bíblica!
Não vale de nada interceder pelos mortos no dia de finados, para que sua alma passe por menos punições para se purificar e seja logo enviada ao Paraíso, isso é pura lenda.
O próprio Senhor Jesus nos mostra que aqueles que desprezaram a Deus e não tiveram amor para com seu próximo em vida, serão enviados ao sofrimento eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos (Mat. 25: 41-46).
Toda a verdade sobre o dia de finados é esta.
Quem criou o dia de finados?
A origem do dia de finados antes da Igreja Católica Romana.
Segundo Léon Denis, o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta, que acreditavam na continuação da existência depois da morte (aprox. séculos 6 a 3 a.C).
Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.
(Fonte: Wikipédia)
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