A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 254,2 bilhões em julho deste ano, informou nesta quinta-feira (21) a Receita Federal.
O resultado representa um aumento real de 4,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 243,1 bilhões (valor corrigido pela inflação).
Esse também foi a maior arrecadação já registrada para meses de julho desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, ou seja, em 31 anos.
De acordo com a Receita Federal, o recorde na arrecadação foi obtido com ajuda do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo em meados de maio.
Após ajustes feitos pela equipe econômica, a medida vigorou até 27 de junho, quando foi derrubada pelo Congresso Nacional, sendo retomada, novamente — em quase sua totalidade —, em 16 de julho após decisão do Supremo Tribunal Federal.
“A arrecadação do período pode ser justificada, principalmente, pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira, a crédito destinado a pessoas jurídicas e referentes a títulos ou valores mobiliários, sobretudo em decorrência de alterações legislativas recém ocorridas”, diz o órgão.
Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação do IOF ficou, em junho, R$ 756 milhões maior do que no mesmo período do ano passado (em valores corrigidos pela inflação), principalmente por conta do aumento do tributo.
Além do aumento do IOF, a taxação das bets também contribuiu para o aumento da taxação das bets (incluindo a arrecadação de loterias), que rendeu R$ 928 milhões em julho deste ano.
Também houve, segundo a Receita Federal, uma arrecadação atípica de R$ 3 bilhões no mês passado, valor que ajudou a impulsionar a receita do governo, relativa aos setores de mineração, financeiro e de petróleo.
Outro fator apontado pelo Fisco para o bom desempenho dos números é o crescimento da economia brasileira, que também contribuiu para elevar os valores arrecadados.
Nos sete primeiros meses deste ano, a arrecadação também bateu recorde histórico para o período.
Além da alta do IOF, o governo também contou com o aumento de outros tributos, efetuados nos últimos anos, para melhorar a arrecadação em 2025.
São eles:
- Tributação de fundos exclusivos, os “offshores”;
- Mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados;
- Retomada da tributação de combustíveis;
- Tributação das bets;
- Imposto sobre encomendas internacionais (taxa das blusinhas);
- Reoneração gradual da folha de pagamentos;
- Fim de benefícios para o setor de eventos (Perse).
g1
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