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sexta-feira, 4 de outubro de 2013


DEIXE DE PREGUIÇA E LEIAM... rsrsrsr

DEFENDER A SOCIEDADE COM O RISCO DA PROPRIA VIDA

Esta é a missão da Policia Militar, exercida com paixão, dedicação e um sentimento sobrenatural de cumprimento do dever. 
Cidadãos, inexplicavelmente, decidem abrir mão de sua cidadania garantida na constituição federal para fazer parte de uma força de segurança pública subordinadas aos governadores estaduais com rígida hierarquia e disciplina, renunciando direitos sociais, trabalhistas e inclusive disponibilizando a vida para o Estado, eu disse para o Estado e não para sociedade.
Aqui repousa a confusão doutrinaria e ideológica. O senso comum entende que os policiais militares são funcionários públicos pagos pelo povo e à sociedade deve respeito, subordinação, dedicação exclusiva e a garantia da defesa de seus direitos, de sua vida e em geral de sua segurança dentre outros entendimentos do senso comum em relação a função policial militar. Do outro lado, os policiais militares filhos da democracia, imaginam que são trabalhadores pois começam a perceber que disponibiliza sua força de trabalho ao Estado e a sociedade e recebe o “sal” em troca. Desta feita, começam a desbravar os caminhos da democracia numa luta frenética e desesperada de libertar-se do quem nem sabe e portanto não conhece. Descobrem a duras penas que necessitam de estrutura e condições de trabalho, segurança para a atuação e quando observam a sua vida social começam a perceber e desejar uma vida social agradável e a segurança de sua família. Alguns, que foram formados mais recentemente, não consegue compreender, e muitos se deparam com dilemas psicológicos e ideológicos pois aprenderam na academia disciplinas como, Direitos Humanos e Constituição, e as vezes percebem que na prática não é possível a aplicação seja pela cultura arraigada nas praticas de segurança seja pela própria necessidade de fazer-se mais forte para superar as falhas e deturpações do sistema. Denomino sistema como a ordem das coisas, a força necessária e articulada para manutenção da cultura, do entendimento, dos comportamentos e das ideologias, claro, DOMINANTES.
E por mais que seja forte, contundente e que cause estranheza e dor, a verdade, tem que ser dita. Primeiro os policiais não são funcionários públicos, são constitucionalmente denominadas MILITARES DOS ESTADOS. E mesmo inserido no CAPÍTULO VII – Da Administração Pública, tem uma seção a parte (seção III) diferenciando-se dos servidores públicos da Seção II. Logo, diferenciando-se dos servidores públicos. Apenas uma necessidade de fazer constar na Organização do Estado brasileiro uma vez que assim se Intitula o TÍTULO III, mas neste dispositivo remete-se tudo ao Art. 142 tornando uma cópia esdrúxula, sem nexo e sem motivo aos militares das forças armadas. Acertadamente inserido no TÍTULO V, denominado “Da Defesa do Estado”, mas com nominação complementada ironicamente e para realmente causar confusão “e das Instituições Democráticas”. Observando os argumentos contrários a desmilitarização das forças estaduais de segurança pública observo que o maior argumento é a garantia da soberania, como se na prática o homem policial militar fosse ensinado e diria no linguajar militar adestrado para isso. Digo com muita segurança que em caso de defesa estaríamos mais despreparados que se tivéssemos uma polícia desmilitarizada e ensinada a em caso de necessidade garantir a soberania nacional e digo mais em conjunto com a sociedade civil que deve ser preparada a defender sua própria pátria, seu solo, sua nação.
Portanto, e continuando, como Militares dos Estados passam a sujeitar-se ou deveriam se sujeitar-se a doutrina, ideologia e estrutura militar que como diz meu amigo Advogado Militarista Alan Cezar passam a viver um sacerdócio e aceitam os princípios, objetivos e fundamentos do serviço soberano. Passam dever a vida, obediência e submissão ao Estado. Melhor seria se não tivesse família, e por isso a permissão pra casar. Melhor seria que não estudasse as ciências humanas e apenas se detivesse ao estudo das práticas, táticas e estratégias de guerra, dedicassem ao estudo e manejo pratico das armas e tecnologias da informação e da guerra. Por isso a permissão antecipada para frequentar as aulas. Melhor seria que não se envolvesse com a política uma vez que sua missão não passa nem longe pela administração da rés publica, nem pela vida social, e portanto não deveria escolher o Governante, uma vez que deve servir a qualquer um que esteja no poder. Por isso, a proibição de votar e ser votado. Deve estar preparado em qualquer momento para defender a nação, mesmo que seja contra ela própria.
Aqui abro um parêntese: E de forma simplória uma vez que trata-se de um rascunho, um esboço, uma tempestade de ideias digo apenas que por essa razão os militares assumiram o poder no período da ditadura para defender a sociedade dela mesma. Foto que vejo a Polícia fazer da mesma forma no enfrentamento as manifestações sociais atuais. Gás de pimenta, bomba de efeito moral, bala de borracha, tropas especializadas para enfrentamento e controle aos distúrbios civis e até flagrante forjado, tudo para defender a sociedade dela mesma. E acreditem, nos pensamos e acreditamos assim mesmo, ninguém queira estar na pele de um policial num bairro de periferia, ele representando o Estado falido acreditando que tem a função social de resolver o problema, ai amigos, bandido tem que ir pra peia mesmo e quem é bandido, sei lá, mas vou defender primeiro a minha segurança e pra isso preciso impor minha autoridade senão quem vai para cova sou eu. Preciso defender o meu ganha pão. Vendo traficante, assaltante, matador de aluguel etc, podre de rico, e minha família passando necessidade, salário curto, falta de reconhecimento, de respeito e apoio, pra completar, quando faço meu serviço direito vem alguém maior que eu e desmancha pela política e quando é um desses traficantes compra e dá seu jeito com quem tá assim de mim... Não vou fazer papel de otário e enxugar gelo. Qual a diferença desse pensamento para o da sociedade que queria uma vaguinha na política pra roubar também? Fecho o parênteses explicando que entre a polícia militarizada e a sociedade existem grande diferenças e enormes semelhanças. Se é que me entendem. Necessário uma revolução na teoria e prática.
Encaramos a necessidade de definir doutrina e ideologia das forças de segurança pública. Ou temos coragem de admitir que somos militares e tratar como militares, para os militares e para sociedade ou temos coragem de desmilitarizar e atender os anseios da sociedade brasileira e transformar esses homens e mulheres funcionários públicos e portanto trabalhadores da segurança pública. Com direitos humanos resguardados e CIDADANIA PLENA. E se decidirmos por uma policia militarizada que sejam aplicados os fundamentos e princípios, que se entenda que não temos direitos comuns aos civis, mas que temos regalias e direitos militares que são somente nossos e que garantem a diferença com propósitos e objetivos bem definidos. Eu de minha parte defendo a desmilitarização, pois defendo uma sociedade socialista que ainda está em construção e para sua plenitude não cabe uma policia militarizada.
Observem que quanto a denominação propositadamente e recorrentemente me referi como força estadual de segurança pública e toda força necessita de controle que no Estado Democrático de direito e socialista deve ser exercido externamente e de forma direta e indireta pela sociedade, através do Ministério Público e dos Conselhos Estaduais paritários. Além do exercício de valores como disciplina e ética através códigos rígidos e destinados a garantir a defesa democrática da sociedade e isso precisamos ainda aprender pois só entendemos como defesa e controle as ideias absolutistas e conservadores dos regimes de exceção e do sistema capitalista de exclusão social, no quais a Segurança Pública deve servir as elites dominantes para garantir a segregação e sua própria segurança.
Quero compartilhar esse pequeno ensaio para as criticas e contribuições, pois a coNstruçao de meu TCC será coletiva e modernamente vinculada as redes sociais com uma construção permanente e coletiva. Quero assegurar que falo como um personagem distanciando-me máximo e portanto as linhas de pensamento podem mudar a qualquer momento seja pelo conhecimento, contribuição ou pelas certezas e incertezas do personagem cientifico.
OBRIGADO A TODOS PELA ATENÇÃO E CONTRIBUIÇÃO!

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