Minas Gerais
O governo estadual estuda a possibilidade de dobrar a "gratificação de produtividade" paga aos funcionários públicos da ativa. Estimo que triplique!... Ainda que ela tenha denominação ardilosa, enganosa, para não contemplar os servidores inativos.
Em 2008, nossos precipitados regentes, cobrados, acabaram dando um cala-bocas a nós - aos olhos deles inúteis servidores inativos. E foram comemorar suas expertises (como gostam dessa palavra!) em escarnecer de aposentado e destruir a paridade.
Templo construído e defendido por gerações de servidores públicos. E honrado por governantes dignos.Por meio de propaganda narcisista, se autointitulam ótimos administradores, mas, a bem da verdade, inovaram na arte de administrar por susto. Mas os aposentados já não os assustam mais, já nem são respeitados...Por que essa birra com aposentados e pensionistas? Porque é preciso ser funcionário público de carreira para reconhecer o suor dessa categoria; para entender o fato de se abrir mão de vantagens, oferecidas pela iniciativa privada, para se ter a expectativa de, na inatividade, vermos compromissos assumidos por políticos sérios sendo cumpridos por para-quedistas apaniguados; porque grande número de nossos algozes vem da iniciativa privada, trazendo a repulsa de termos uma aposentadoria diferenciada, mas escondendo a possibilidade de, na ativa, terem ganhos maiores fora da área pública.
Consideram-nos peso morto, esquecendo-se que dita produtividade tem origem no trabalho, na postura, no extraordinário legado de gerações passadas. E, no mínimo, o servidor público submete-se ao regime de dedicação exclusiva e não tem FGTS. Aposentado recebe proventos mensais, sendo que Minas é um dos Estados que pior remunera seus servidores. Na contabilidade do Estado (visto o famigerado Choque de Gestão), o servidor, ao se aposentar, deixa de ser investimento (necessidade) para ser despesa morta (que deve ser dirigida para a extinção).Extremamente grave é o fato de companheiros da ativa não terem percebido esse engodo da produtividade. Logo, logo, os governantes criarão outras "gratificações", entorpecendo-os. Acordando na aposentadoria, verão que é tarde demais para uma reação. Afirmam que a gratificação é de "produtividade", o que não alcançaria o inativo.Se o rótulo é fator impeditivo, que seja mudado para "natalina, anual, do rei". A persistir o impedimento, a gratificação aos inativos poderia ser "gratificação do reconhecimento, do louvor, do legado" ou outra denominação que a expertise (?) governamental queira dar.
Absurdo! Depois de uma vida de trabalho, ficarmos a mercê de um dedo polegar ser movido para cima ou para baixo! Lamúria não é a solução, uma ação concreta é! Nossos governantes não pagam essa gratificação aos inativos, usando de subterfúgios para quebrar a paridade, pois não nos respeitam. Se nossas associações voltassem a assustá-los...
Jornal O Tempo –BH-MG
Amauri Meireles
Coronel QOR da Força Estadual de Minas Gerais
Blog de Cabo Fernando MG
O governo estadual estuda a possibilidade de dobrar a "gratificação de produtividade" paga aos funcionários públicos da ativa. Estimo que triplique!... Ainda que ela tenha denominação ardilosa, enganosa, para não contemplar os servidores inativos.
Em 2008, nossos precipitados regentes, cobrados, acabaram dando um cala-bocas a nós - aos olhos deles inúteis servidores inativos. E foram comemorar suas expertises (como gostam dessa palavra!) em escarnecer de aposentado e destruir a paridade.
Templo construído e defendido por gerações de servidores públicos. E honrado por governantes dignos.Por meio de propaganda narcisista, se autointitulam ótimos administradores, mas, a bem da verdade, inovaram na arte de administrar por susto. Mas os aposentados já não os assustam mais, já nem são respeitados...Por que essa birra com aposentados e pensionistas? Porque é preciso ser funcionário público de carreira para reconhecer o suor dessa categoria; para entender o fato de se abrir mão de vantagens, oferecidas pela iniciativa privada, para se ter a expectativa de, na inatividade, vermos compromissos assumidos por políticos sérios sendo cumpridos por para-quedistas apaniguados; porque grande número de nossos algozes vem da iniciativa privada, trazendo a repulsa de termos uma aposentadoria diferenciada, mas escondendo a possibilidade de, na ativa, terem ganhos maiores fora da área pública.
Consideram-nos peso morto, esquecendo-se que dita produtividade tem origem no trabalho, na postura, no extraordinário legado de gerações passadas. E, no mínimo, o servidor público submete-se ao regime de dedicação exclusiva e não tem FGTS. Aposentado recebe proventos mensais, sendo que Minas é um dos Estados que pior remunera seus servidores. Na contabilidade do Estado (visto o famigerado Choque de Gestão), o servidor, ao se aposentar, deixa de ser investimento (necessidade) para ser despesa morta (que deve ser dirigida para a extinção).Extremamente grave é o fato de companheiros da ativa não terem percebido esse engodo da produtividade. Logo, logo, os governantes criarão outras "gratificações", entorpecendo-os. Acordando na aposentadoria, verão que é tarde demais para uma reação. Afirmam que a gratificação é de "produtividade", o que não alcançaria o inativo.Se o rótulo é fator impeditivo, que seja mudado para "natalina, anual, do rei". A persistir o impedimento, a gratificação aos inativos poderia ser "gratificação do reconhecimento, do louvor, do legado" ou outra denominação que a expertise (?) governamental queira dar.
Absurdo! Depois de uma vida de trabalho, ficarmos a mercê de um dedo polegar ser movido para cima ou para baixo! Lamúria não é a solução, uma ação concreta é! Nossos governantes não pagam essa gratificação aos inativos, usando de subterfúgios para quebrar a paridade, pois não nos respeitam. Se nossas associações voltassem a assustá-los...
Jornal O Tempo –BH-MG
Amauri Meireles
Coronel QOR da Força Estadual de Minas Gerais
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