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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Marina Silva: “Lava-Jato é a reforma política na prática”

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Marina Silva, 58 anos, volta a girar a metralhadora. Depois de um resultado aquém das expectativas para a Rede no primeiro turno das eleições municipais, a ex-senadora aponta para o governo Temer, o PT, o PSDB e todos aqueles que tentam arrefecer os trabalhos de investigação da corrupção. Numa sequência de frases, a ex-ministra do Meio Ambiente e uma das personalidades brasileiras mais respeitadas no exterior, dispara: “A Lava-Jato está fazendo a reforma política na prática”. Ao mudar de assunto, novo alvo: “Temer é hospedeiro da equipe econômica. O Temer só fez pegar o mesmo ministro da Fazenda de Dilma, caso Lula fosse nomeado chefe da Casa Civil”.
Em entrevista ao Correio, Marina relevou a derrota da Rede, partido criado por ela há pouco mais de um ano, e a saída de intelectuais da legenda logo depois do primeiro turno. “Acho que há desprendimento em quem faz um movimento de saída e coloca por escrito as críticas”, diz ela, para em seguida afirmar que há contradições na carta de despedida. Sobre a saída para a crise, Marina não aponta nenhuma medida. Ao ser questionada mais de uma vez, ela finalmente afirma que as propostas devem ser debatidas pela sociedade, e isso só seria possível com novas eleições. “O melhor caminho para o Brasil seria não ter desistido do processo do TSE.” Para Marina, a política está ficando impotente. “O Brasil é um caso típico. A crise econômica que temos é decorrente de decisões políticas equivocadas.” Em Brasília, ela diz que terá candidato em 2018 — e, na conversa, apontou para o distrital Chico Leite na chapa majoritária.

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