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quarta-feira, 4 de abril de 2018

Bolsonaro pode ter Flávio Rocha, da Riachuelo, como vice?

“Se Flávio Rocha quiser se agregar à equipe, será muito bem-vindo”, afirma Bolsonaro

EXAME conversou com o pré-candidato Jair Bolsonaro, deputado pelo Rio de Janeiro, sobre encontros que ele têm mantido como o empresário Flávio Rocha, presidente da rede de lojas Riachuelo. Rocha está à frente de um movimento de participação de empresários na política chamado Brasil 200 (alusão aos 200 anos de independência que o país completará em 2022).
Segundo a versão online do jornal Folha de S.Paulo, num debate realizado ontem pela associação empresarial Lide (fundada pelo prefeito de São Paulo, João Doria), Rocha teria se referido a Bolsonaro como um candidato de ideias econômicas de “esquerda” e “estatizante, antes de mais nada.”
Apesar disso, segundo EXAME apurou, Bolsonaro estaria aberto a fazer uma dobradinha com Flávio Rocha para a campanha presidencial de 2018.  Abaixo, o que diz Bolsonaro (procurado, Flávio Rocha ainda não se manifestou):
O senhor convidou Flávio Rocha para ser seu vice?
Conversei com ele por três horas há mais ou menos 30 dias, mas não discutimos esse assunto. Gosto muito do Flávio Rocha. Ele é liberal na economia, é a minha posição também, mas não tocamos no assunto da candidatura. Se ele tem interesse eu desconheço. O Flávio está indo muito bem na mídia, esteve no Pânico (programa da rádio Jovem Pan). Acho que o Flávio Rocha é uma opção até para ser candidato a presidente. Ele tem bagagem para isso: foi deputado por dois mandatos, já tentou a presidência, é empresário bem-sucedido, tem uma ideia bastante clara da economia, uma posição que eu apoio integralmente. É uma pessoa que, ao meu entender, só pela disposição de falar, com o site Brasil 200, mostra que está preocupado com o Brasil como um todo, não apenas com a empresa dele.
 O senhor gostaria de construir um projeto junto com ele?
Sou o candidato mais pobre dessa turma, nem partido tenho ainda. Eu estou sozinho nessa briga, estou com o povo, coisa que os outros não têm. Mas pode ter certeza que, nas próximas semanas, ganhando corpo essa possibilidade, a gente vai começar a trazer pessoas e, se o Flávio Rocha quiser se agregar à equipe, será muito bem-vindo. Sei que parte da empresa dele está indo para o Paraguai, sei que o Flávio não quer isso, mas precisa diminuir o custo Brasil. Não é só o problema dos impostos. A questão é que o Brasil tem muita norma, muita burocracia para ser empreendedor, para fazer negócio. Temos que mudar isso aí. Para vender biscoito aqui na praia, você tem que carregar um caminhão de papel.

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