O Lajedo de Soledade vai se candidatar ao título de Patrimônio Mundial pela Unesco. Localizado na Chapada do Apodi, no Oeste potiguar, o Lajedo de Soledade é um sítio arqueológico reconhecido por abrigar fósseis e pinturas rupestres, além de ser a maior exposição de rocha calcária da bacia potiguar. A formação data de aproximadamente 90 milhões de anos, período em que a região era coberta por um mar raso.
Nesta quarta-feira (4), a governadora Fátima Bezerra (PT) recebeu representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para tratar da candidatura do patrimônio. A governadora destacou que o reconhecimento vai contribuir para a proteção da área e para o fomento do turismo sustentável.
Ficou determinado que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) na regularização fundiária da área do Lajedo, considerado essencial para fortalecer a documentação técnica que o Iphan apresentará à Unesco como parte da candidatura.
Segundo o Iphan, o processo para reconhecimento pela Unesco envolve três etapas: inclusão na lista indicativa, produção de documentação técnica e lançamento da candidatura oficial.
“O Lajedo de Soledade atende plenamente aos critérios exigidos, com destaque para seu patrimônio de arte rupestre, composto por pinturas e gravuras raras e abundantes, além de fósseis de grande relevância”, destacou Leonardo Troiano, coordenador de Articulação do Centro Nacional de Arqueologia do Iphan.
Atualmente, o Brasil possui 23 locais reconhecidos como Patrimônios Mundiais pela Unesco. O primeiro a receber esse título foi a cidade histórica de Ouro Preto (MG) em 1980.
Atualmente, o Lajedo de Soledade recebe cerca de 700 visitantes por mês, em sua maioria estudantes do Nordeste. A candidatura ao título de Patrimônio Mundial busca ampliar o alcance turístico e educativo do Lajedo, consolidando-o como um modelo de sustentabilidade, preservação histórica e valorização cultural.
Portal 98FM
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