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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Policia Federal prende secretario de agricultura de Pombal - PB, advogados fazendeiros, e gerentes de bancos na operação “Inapto”




Uma operação deflagrada pela Polícia Federal na madrugada desta sexta-feira (06), nos municípios de João Pessoa-PB, Pombal-PB e Sousa-PB, culminou na detenção do secretário de Agricultura e Meio Ambiente da prefeitura de Pombal, Filemon Benigno, do fazendeiro Paulo Gomes Vieira, o advogado Marcos Roberto Formiga de Almeida, além de um ex-gerente do Banco do Brasil, conhecido como Wlamir.Ao todo, o esquema desviou, aproximadamente, R$ 5 milhões do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), ligado ao Ministério da Agricultura.Foram cinco mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão. Encontra-se foragido Orlando Formiga, irmão do advogado Marcos Formiga.A assessoria de comunicação da Polícia Federal informou que as investigações iniciaram em 2007, a partir de denúncias advindas do Banco do Brasil e Banco do Nordeste.Os acusados serão submetidos a interrogatório ao longo desta sexta-feira. A documentação apreendida será submetida à perícia por policiais da PF. A operação, denominada “Inapto”, é uma alusão ao esquema do grupo, que aliciava “laranjas”, cujos valores das transações financeiras variavam entre R$800 e R$ 12 mil.A FraudeDe acordo com a Polícia Federal, as análises dos processos de financiamento e as investigações policiais comprovaram a elaboração de Declarações de Aptidão (DAPs) ao Pronaf falsas, assim como pessoas sem perfil para obter o financiamento.Pessoas usadas pela quadrilha, “laranjas”, foram identificadas, assim como diligências de campo e auditorias do Banco do Brasil e Banco do Nordeste, foram pródigas em comprovar o esquema criminoso.O ponto crucial da investigação se deu pelo fato de que um dos encabeçadores do esquema estaria ameaçando funcionários do Banco do Nordeste, além de estarem aliciando os laranjas que se dirigiam ao Banco para denunciar o esquema, haja vista a condição de devedores em que se encontram os aliciados.Em decorrência das fraudes, os bancos decidiram adotar critérios mais rígidos para a concessão dos financiamentos, além de que os créditos do Pronaf estariam suspensos, haja vista a inadimplência exorbitante, o que decorre do esquema criminoso hoje desarticulado.“Espera-se que com o desbaratamento da quadrilha possa a população rural carente voltar a ter acesso aos créditos do Pronaf, a fim de minimizar as dificuldades vividas no sertão nordestino e impulsionar a economia local”, declarou a Polícia Federal em nota enviada à imprensa.
Fonte: Correio Sat e PF

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