Por mais que não se tente omitir, por que (“cômodo é acreditar naquilo que nos consola”) a crescente onda de violência contra policiais em todo o país, e com foco no Rio Grande do Norte, tem sim ligação com as ações do crime organizado nos estados do centro- do Brasil. Obviamente descartamos a possibilidade de ligação direta dessas ações, porém analisamos do ponto de vista sociológico e percebemos que “uma coisa puxa a outra”.
Os bandidos compõem uma camada da sociedade de baixa escolaridade, dentre eles estão os que sentem necessidade de ter um herói em quem se espelhe ou uma ato em que possa ampliar sua sede de maldade, e aí , agindo por imitação, acabam por serem influenciados, uns pela ação dos outros. (Queimar ônibus, matar policiais, fazer rebeliões, exibir tatuagens ou pichações de apologia a facções criminosas estão dentre as ações por imitação que mais ocorrem).
Outro fator preponderante é a impunidade. Não se leva a sério (estado omisso) as reais razões pelas quais os policiais estão sendo vitimas do crime. Numa visão simplista, limitam-se a dizer: “ah esse ou aquele tinha ligação com o crime”, como se a lei legitimasse o holocausto de quem errou em detrimento de sua função ou do próprio abandono moral que lhe é ofertado pelo estado, como representado legitimo, na função policial-militar.
Os crimes contra policiais não podem entrar na vala comum. Precisam ser encarados como uma afronta ao poder do estado. Precisam ser esclarecidos sem “achismos" ou pré-julgamentos, da opinião sempre falaciosa da imprensa local, que com pouco preparo, condena antes que ao menos saiba do que se trata.
Os crimes contra policiais não podem entrar na vala comum. Precisam ser encarados como uma afronta ao poder do estado. Precisam ser esclarecidos sem “achismos" ou pré-julgamentos, da opinião sempre falaciosa da imprensa local, que com pouco preparo, condena antes que ao menos saiba do que se trata.
O Estado não pode permitir que seus agentes, legítimos representantes de seu poder sejam ceifados rotineiramente sem que uma conclusão convincente seja atingida. Afinal... Se são bandidos, por que estão ativos na corporação?
Por exemplos claros, o crime é semelhante ao que comumente chamam de “bola de neve”, encarar a morte por assassinato como algo simples e comum, que não mais estarrece ou causa pânico, que não mais comove ou foge da normalidade, é assinar um alvará de licença para que outras e mais outras ocorram, e chegará o dia que sedentos pelo seu desejo, os criminosos chegarão a destituir pela sua ousadia, o próprio estado ( o caso do Rio de Janeiro é clássico para exemplificar) . E aí será tarde para que se tome o fôlego.
Por exemplos claros, o crime é semelhante ao que comumente chamam de “bola de neve”, encarar a morte por assassinato como algo simples e comum, que não mais estarrece ou causa pânico, que não mais comove ou foge da normalidade, é assinar um alvará de licença para que outras e mais outras ocorram, e chegará o dia que sedentos pelo seu desejo, os criminosos chegarão a destituir pela sua ousadia, o próprio estado ( o caso do Rio de Janeiro é clássico para exemplificar) . E aí será tarde para que se tome o fôlego.
A vida em sociedade depende de ações estatais para que seja possível. Atualmente, percebemos que parece inviável viver em sociedade e as pessoas já se trancam na sua individualidade buscando cada vez menos a vida social, isso não é fato. Encarar a violência urbana como fenômeno social é no mínimo falta de sensibilidade, pois fenômeno é aquilo que ocorre inesperadamente e a violência é algo certo, que se espera que cresça onde já existe e nasça onde ainda não existe. Não é um fenômeno é um fato, e seu alimento é tão somente a omissão do estado e a impunidade da legislação, feita por bandidos, para bandidos.
MARCOS TEIXEIRA
SOCIÓLOGO
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO DA ACSPMRN
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