Tendo vivido o esplendor da ilusão cabralina, quando foi secretário
de Obras e vice-governador, Luiz Fernando Pezão está condenado a viver
sua própria ruína. Aquele teleférico do morro do Alemão, que foi
inaugurado duas vezes, está parado. (Ele se entristecia quando era
exposto o ridículo das duas inaugurações.)
A política de segurança do xerife José Mariano Beltrame ruiu, as
contas públicas jogaram o governador para a condição de pedinte e os
cidadãos a um período de decadência jamais visto.
Sérgio Cabral está em Bangu, decidindo entre uma cana de 40 anos e a
possibilidade de colaborar com a Viúva, cuja bolsa repetidamente
assaltou. O coral dos poderosos da ilusão cabralina já tem dois
doleiros, um ex-presidente do Tribunal de Contas, seu filho, e mais
gente na fila.
Pezão está na situação dos hierarcas do stalinismo que moravam num
imponente edifício perto do Kremlin. À noite, quando o elevador fazia
barulho, os comissários acordavam temendo que tivessem vindo buscá-los. A
administração do Rio está parada.
R. Pires
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