Uma denúncia vinda de policiais militares que trabalham no Presídio Estadual de Parnamirim, no Pitimbu, fez com que a diretoria da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar fosse até a unidade conversar e ver de perto a situação naquela unidade. De acordo com o soldado Israel, Diretor Regional da ACS-PM, as principais reclamações são alimentação e falta de efetivo.
Soldado Israel ouviu dos policiais militares que a comida no PEP é toda preparada pelos próprios detentos. No entanto, isso é feito sem nenhum tipo de fiscalização, o que faz com que os PMs temam por algum tipo de represália por parte dos presos e que isso coloca em risco a vida dos policiais. Atualmente, aproximadamente 500 homens estão detidos no Presídio Estadual de Parnamirim.
O Diretor Regional da Associação dos Cabos e Soldados revela que o segundo problema apontado pelos policiais militares é a falta de efetivo. “Nos dois dias em que estive visitando a unidade para averiguar se realmente procediam as denúncias, observei que das quatro guaritas, em determinados horários, apenas duas delas estavam ativadas e o motivo é a falta de efetivo”, diz o Soldado Israel.
Com essa situação, a segurança também fica fragilizada. “A falta de efetivo sempre foi um problema dentro da nossa instituição. Esse quadro se agravou depois que foi retirado dos policiais militares gratificação para os que trabalham no sistema prisional", completa o diretor da ACS-PM.
Os policiais militares reclamam ainda da falta de equipamentos necessários para desempenharem seu trabalho, como coletes e munições. “Iremos procurar o diretor do Presídio, como também o Comandante dos Policiais que ali prestam seus serviços para que num primeiro momento seja providenciada uma solução para a alimentação, garantindo assim pelo menos a integridade física daqueles policiais, bem como vamos em busca de equipamentos suficientes para todos os PMs”, completa o soldado Israel.
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