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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O ESPELHO DA TROPA

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Acs PM RN

O caminho dos preguiçosos é cheio de obstáculos, ao passo que o do diligente não tem quaisquer embaraços”. (Benjamin Franklin)

Foram distribuídos viaturas, pistolas e coletes balísticos, sendo 164 Viaturas Tipo Renault Sandero, 5.000 pistolas PT 100, 1.200 coletes balísticos, além de capacetes e escudos de CDC, escudos balísticos e capacetes balísticos, visando equipar o efetivo operacional da Capital, Região Metropolitana e do Interior do Estado.

O trecho acima foi copiado na integra de uma matéria postada no blog do Cel. Araújo, nosso comandante. De fato, há uma preocupação do estado (governo e comando) em acompanhar a dinâmica nacional no tocante a modernização da policia militar, e principalmente agora, nessa crescente de violência que eclode do centro-sul do país, alcançando o norte-nordeste, estes relativamente menos violentos que aqueles.
Ora, será armamento e equipamento que resolverá o problema da falta de segurança da população? Serão novas viaturas que aprimorarão as técnicas de policiamento ostensivo e farão da policia elemento presente na convivência das comunidades?
Os esforços se elevam, mesmo que lentamente, os salários aparentemente melhoram, mas a cultura de policia, arcaica e ineficiente, prevalece. Posso dizer claramente e pela experiência vivida ao longo de treze longos anos na policia, todos nas ruas, que a policia militar, que constitucionalmente deveria fazer policiamento ostensivo/preventivo não o faz assim. A policia militar tem trabalhado em função do que acontece.
A cultura do servidor público, que em sua maioria no nosso país, acredita que não deve trabalhar, prevalece, e o trabalho prestado tem se resumido ao atendimento tardio de ocorrências policiais através de chamadas que ocorrem depois do acontecimento do fato delituoso.
O que se ver é mais ou menos assim: se o CIOSP não chamar, não tem serviço, principalmente à noite, quando os que acreditam no trabalho, e preferem ficar atentos, estão sendo convencidos de que isso é perigoso, pois uma vez precisando de apoio, estarão sós e sem quaisquer chance de recebê-lo.
No bairro que habito, existe uma base de policia comunitária e uma viatura nova adesivada com o nome do Bairro, desafio a policia militar enquanto instituição a fazer uma pesquisa e perguntar aos moradores se conhecem os policiais que prestariam serviço a eles ou ainda se tem visto a viatura patrulhar regularmente o bairro. A resposta certamente será bastante negativa.
Ontem assisti uma entrevista com um senhor, na TV, que em quarenta dias foi assaltado três vezes em seu comércio no bairro de candelária, cercado por uma base de policia comunitária, uma delegacia de plantão, um centro de detenção provisória e vizinho de uma companhia de policia. O moço disse “ aqui não vemos policia, filmar, anotar a placa, fazer o B>O de nada adianta” e acrescentou “enganar a população com viaturas novas não adianta de nada”.
Volto a dizer, e venho dizendo isso há anos, e já paguei algumas penas por isso: nosso problema maior é gerenciamento. Algumas unidades se destacam mais que outras pela forma como são gerenciadas e pela cultura policial disseminada pelos milicianos. Precisamos ser valorizados, mas mais ainda, precisamos nos valorizar e adquirirmos conhecimento de causa e postura de autoridade.
Precisamos patrulhar, conversar, conhecer, dialogar com a população, colher informação, abrir a janela da viatura para que possamos estar mais acessível, abrir a porta das bases de policia do bairro para o dialogo aberto com o povo, com os lideres comunitários.
Precisamos cobrar de nossos comandantes uma postura mais participativa e até mesmo de confronto junto com a tropa, quando assim se fizer necessário. O policial de baixa patente, que tem sido o que mais se expõem e estar mais acessível a comunidade, precisa ser valorizado, ganhar mais autonomia no seu trabalho.
Precisamos diminuir nossa “CIOSPEDEPENDENCIA”, pois essa subordinação a esse já ultrapassado sistema de comunicação atrapalha o serviço dos policiais na rua.
Precisamos enquanto policiais alertarmos para o fato de que a segurança do cidadão depende de nossa ativa participação na nossa atividade e que o nome de nossa corporação, que indiretamente é nosso nome, estará na rua pejorativamente, sempre que um de nos negligenciarmos na nossa função fim.
Não se muda cultura por decreto. A formação, o exemplo, a cobrança de resultados e a participação efetiva dos lideres e fator primordial para a obtenção de bons resultados. 
MARCOS TEIXEIRA
DIRETOR DE COMUICAÇÃO DA ACSPMRN
SOCIÓLOGO E ACADÊMICO DE DIREITO DA UERN

Nota de Cabo Monteiro:
Vendo as colocações do Teixeira, vejo o quanto os Policiais de nossa cidade Pau dos Ferros se esforça  para que tenhamos uma Segurança com qualidade, pois somos uma cidade Polo onde recebemos pessoas diariamente de 40 municípios, e no entanto ainda estamos conseguindo controlar o índice de criminalidade não sei até quando, isso se dá ao esforço de homens que se sacrificam em sua profissão pelo bem da População de Pau dos Ferros e região, mesmo não tendo o valor merecido dos governos, e muitas vezes também não tem o reconhecimento por parte de  seus superiores. 

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