Cangaceiros comandados pelo Bandido Lampião executam o Soldado José Monteiro de Matos em uma luta desigual:
Informações da história do Soldado
José Monteiro de Matos que enfrentou o bando do Bandido Lampião no ano de 1927 na
“Vila Vitoria” que pertencia ao município de Pau dos Ferros/RN, hoje sendo
Marcelino Vieira.
MARCELINO VIEIRA
A área próxima à
sede do atual município de Marcelino Vieira é repleta de lembranças e marcos
que mantém vivo na memória da população local os fatos ocorridos naquela
longínqua sexta-feira, 10 de junho de 1927.
Na tarde do dia 10
de junho 1927 o grupo de Bandidos chegavam na Vila Vitoria pertencente ao município
de Pau dos Ferros, território que hoje pertence a Marcelino Vieira.
O bando estava
invadindo propriedades na “Vila Vitória”, onde foi mobilizado a força
Militar, A Polícia juntou homens para enfrentar os Cangaceiros. O combate
aconteceu onde hoje é o açude de Marcelino Vieira.
Quando o combate começou
a caatinga se acinzentou com a queima de pólvora dos rifles e espingardas dos
dois grupos em guerra.
Segundo o escritor
Sergio Dantas, conta que o tiroteio durou 30 minutos, os cangaceiros em maior número
e treinados em guerrilhas de caatingas, puseram a frota Militar ao recuo. E no
confronto tombaram o Soldado José Monteiro de Matos e um cangaceiro conhecido
por Azulão.
Os moradores da região até hoje se referem ao soldado como sendo um herói. Quando acabou a munição os outros foram embora, mas Monteiro de Matos disse eu morro, mas não corro! E morreu lutando contra os Cangaceiros.
Há histórias não concretas, que Lampião não estava no momento da morte do Soldado e reprovou a morte do Soldado José Monteiro de Matos, pois homem valente não se mata, porém são apenas especulações sem comprovação.
Cruz em homenagem ao soldado José Monteiro de Matos. Sítio Caiçara e a “Missa do Soldado” – Nesse local ocorreu um combate onde morreram o soldado José Monteiro de Matos e o cangaceiro Patrício de Souza, o Azulão.
Percebemos
nitidamente que para as pessoas que habitam a região, os fatos mais marcantes
em termos de memória estão relacionados ao combate conhecido como “Fogo da Caiçara” e a valente postura do soldado José Monteiro de
Matos. Não foi surpresa que membros da comunidade local, no dia 10 de junho
de 1928, apenas um ano após o combate na região da Caiçara, decidissem
realizar, uma missa em honra a memória do valente Militar. Igrejinha onde é rezada a “Missa do
Soldado”. Segundo pessoas da comunidade do Junco, as margens do açude da Caiçara, de forma espontânea e apoiadas pelas lideranças locais, os mais antigos moradores deram início a um ato religioso. No começo ele ocorria no mesmo ponto onde se desenrolou o combate. Segundo pessoas entrevistadas na região, o evento sempre atraiu um número considerável de pessoas, passando a ser conhecida como “A Missa do soldado”. Com o passar do tempo à missa transformando-se em uma das mais importantes tradições religiosas de Marcelino Vieira. José Monteiro de Matos foi cruelmente assassinado
pelo bando do célebre cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião,
naquele fatídico dia.
De
acordo com os autos do histórico processo crime movido contra Virgulino
Ferreira e seu bando na Comarca de Pau dos Ferros, sentenciado no ano 2002,
pelo MM Juiz de Direito João Afonso Morais Pordeus, o cadáver do soldado da
PM-RN José Monteiro de Matos fora examinado no dia 11 de junho de
1927, na povoação de Victória, atual Município de Marcelino Vieira/RN, cujo
lado pericial, manuscrito, compõe o caderno processual. |
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