Um terço do Senado responde a acusação criminal
Uma particularidade dos sistemas político e jurídico brasileiro
permite que parlamentar réu, investigado – ou até mesmo condenado à
prisão pela mais alta corte do país – legisle sobre os grandes temas
nacionais e atue, inclusive, como juiz. É o que se verá na próxima
semana. Um em cada três senadores responde a inquérito (investigação
preliminar) ou ação penal (processo que pode resultar em condenação) no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Dos 81 parlamentares aptos a votar o impeachment da presidente Dilma
Rousseff, na quarta-feira que vem, 24 são acusados ou suspeitos de
práticas criminosas como corrupção, lavagem de dinheiro, formação de
quadrilha, peculato, crimes eleitorais, de responsabilidade e contra a
Lei de Licitações.
Entre eles, 13 estão na mira da Operação Lava Jato – do atual líder
do governo no Senado, Humberto Costa (PE), a Fernando Collor (PTC-AL), o
primeiro presidente brasileiro afastado do mandato em processo de
impeachment, em 1992. Os dados são de levantamento do Congresso em Foco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário