
A governadora Fátima Bezerra (PT) deverá deixar para o vice Walter Alves (MDB) um aumento significativo na folha de pessoal, o que tem elevado a preocupação de parlamentares sobre a pressão que isso exercerá no orçamento estadual. Há deputados que avaliam, inclusive, o risco de atraso de salários a partir de abril, quando Walter assumirá o governo.
Ao mesmo tempo, Fátima acaba de obter no STF a homologação de um acordo com a União que permitirá ao Estado contratar até R$ 855 milhões em novos empréstimos. O ponto que surge agora no debate político é direto: esses recursos serão preservados para a futura gestão de Walter Alves ou utilizados integralmente ainda no final do atual governo?
A dúvida levantada por parlamentares e analistas reflete o clima de incerteza sobre a transição. Caso o montante seja consumido antes da mudança de comando, Walter assumiria com responsabilidades crescentes e menos margem financeira; se houver reserva, o novo governo ganha fôlego para reorganizar o Estado. O comportamento fiscal nos últimos meses da gestão Fátima deverá definir qual desses cenários prevalecerá.
RPires
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