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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Polícia indicia mãe por torturar filho de 6 anos

 

Conversa entre mãe e o ex-namorado confirmam o crime, segundo a polícia — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil indiciou uma mulher de 28 anos por torturar o filho de 6 anos em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela está presa desde o dia 18 agosto no Presídio Estadual Feminino de Guaíba depois que o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima por maus-tratos contra o menino.

“Ele era submetido a castigos físicos bastante severos provocados pela mãe. Ela alegou inocência em um primeiro momento, mas, como há muitas provas que implicam ela nos maus-tratos, tentou culpar o ex-namorado”, explica o delegado titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e responsável pela investigação, Pablo Queiroz Rocha.

Rocha concluiu, no entanto, que a jovem era a responsável pelas agressões. Por meio do ex-namorado dela os investigadores obtiveram provas, como a troca de mensagens entre o casal. Veja imagem acima.

Ao longo das conversas, a polícia tomou conhecimento de que o menino era dopado com frequência. Os medicamentos eram de uso controlado. Além disso, o próprio menino disse que a mãe era quem cometia as agressões e contou o que ela fazia.

A polícia concluiu que o ex-namorado, que também foi preso, não teve envolvimento no crime.
Menino era amarrado a cama pela mãe, diz polícia — Foto: Divulgação

“Ele era mantido amarrado a uma cama por horas. Era obrigado a consumir medicamentos de uso controlado e chegou a ter as mãos queimadas à força na boca de um fogão. Ela dizia para ele que era porque ele não se comportava. Ele achava que a culpa era dele e merecia os castigos”, conta o delegado Rocha.

A perícia feita na casa onde ele vivia com a mãe e o relato de testemunhas ajudaram a confirmar a tortura. No entendimento da polícia, o crime é qualificado porque foi cometido contra o próprio filho e porque se estendeu por cerca de quatro meses.

De acordo com Rocha, o menino está sob a guarda de familiares graças à denúncia que chegou ao Conselho Tutelar. Ele conta que casos parecidos de maus-tratos devem ser denunciados por meio do telefone 190.

"É importante que as pessoas denunciem. Os canais estão disponíveis, são de fácil acesso e o anonimato está garantido. Se não tivessem denunciado esse caso, não tenho dúvidas de que esse menino poderia não ter sobrevivido", afirma Rocha.

Fonte: g1 RS
Nossaparan

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