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12/07/2011 -

Associação defende militares presos na Operação Batalhão Mall

Visando a defesa dos soldados, cabos e sargentos policiais militares presos na semana passada pela Operação Batalhão Mall, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN (ACS-PM/RN) entregou na manhã de ontem vários documentação para tentar refutar alguns dos pontos investigados e apresentados pelo Ministério Público Estadual como indícios do envolvimento dos militares em esquemas de corrupção e aproveitamento da estrutura da PM em Assu para favorecimento próprio.

Segundo o presidente da ACS-PM/RN, cabo Jeoás Nascimento, algumas das imagens divulgadas pelo MP não apresentam nenhuma novidade no tocante ao serviço da PM no interior do Estado. "O carro que é mostrado sendo abastecido com gasolina tirada de uma viatura era utilizado no serviço de investigação do batalhão, além de ser particular. E isso era de conhecimento do comando", explicou Jeoás.

A presença de uma viatura da PM em um posto de gasolina, de acordo com Jeoás, também é justificável. O posto seria usado como base para os policiais, porser um local de melhor abrigo. "É recorrente que isso aconteça. As ambulâncias também fazem a mesma coisa e a viatura fica naquele posto por ser responsável por aquela área, que é bastante problemática", afirmou o presidente da ACS-PM/RN. Ainda de acordo com Jeoás, entre os documentos apresentados, está o relatório de ocorrências atendidas somente naquele ponto, que passam da casa dos mil atendimentos no período investigado pelo MP.

O cabo Jeoás ainda destaca que, em inúmeros municípios do RN, as administrações locais e parte do empresariado banca a alimentação dos policiais e o combustível das viaturas, pela falta de estrutura suficiente para o trabalho dos PMs. "Convidaremos uma comissão do MP para visitar as unidades policiais pelo RN, para que eles constatem a realidade da nossa segurança pública", pontuou Jeoás Nascimento. Os documentos deverão ser recebidos pelo promotor Wendell Bettoven e pelos promotores do Grupo De Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

De acordo com o promotor Wendell Bettoven as informações preliminares não apontam para que as afirmações sejam um contraponto às investigações realizadas na operação Batalhão Mall. "Ainda não analisamos os documentos, mas acredito que as informações contidas não sejam de todas verdadeiras", afirmou o coordenador da operação. Para o comandante geral da PM, coronel Francisco Araújo, a parceria entre a PM, alguns municípios do interior e empresas pode ocorrer. "As parceiras podem ser celebradas, desde que aconteçam com lisura. Há de ser ter clareza, porque estamos lidando com dinheiro público."

Dos 13 presos, 11 já foram liberados



Parte dos policias presos na Operação Batalhão Mall em Assu, assim como os empresários e o gerente da Nossa Agência, já estão livres da prisão. Na sexta-feira passada (8), o desembargador Virgílio Macêdo Júnior deferiu o pedido de habeas corpus para oito soldados presos. São eles: Manoel Xavier Leonês, Jocélio Sandro Bezerra, Emerson Dantas lopes, Francine Nogueira da Silva Júnior, Dário Martiniano Bezerra Filho, Glauco Vasconcelos de Morais, Iukatan Jefferson da Silva e José Nilton dos Santos.

Os policiais decidiram por ficarem na carceragem do Batalhão de Operações Especiais (Bope), até que o resto dos PM's sejam soltos. "Esta foi uma decisão deles mesmo, como modo de cooperação com os colegas presos", explicou Jeoás Nascimento, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do RN (ACS-PM/RN). Segundo Jeoás, o habeas corpus para a soltura dos policiais restantes foi impetrado ainda na manhã de ontem no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

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