No ano de 2009 a Secretaria de Saúde de Pau dos Ferros viabilizou a capacitação de nove profissionais de saúde (sendo duas enfermeiras e sete agentes comunitários de saúde) para formação em Terapia Comunitária.
A Terapia Comunitária é caracterizada por um espaço de convivência social. Representando uma oportunidade das pessoas buscarem – e encontrarem – uma rede social de apoio. Além de ser um chance de unir e reunir pessoas, trocar experiências, participar de vivências, expandir conhecimentos e pontos de vista sobre emoções que todos sentem, através de ações de inclusão social e diversidade cultural.
Em Pau dos Ferros, as Terapeutas Comunitárias, Marta Gadelha, Doralice Costa e Augusta Bessa, vem realizando um trabalho no Centro de Atenção Psicossocial de Pau dos Ferros - CAPS II, desde fevereiro de 2010, durante às terças-feiras. Há aproximadamente um ano, dado o sucesso do trabalho, a coordenadora do CAPS, Joana Celine, propôs a extensão dessa Terapia aos familiares dos usuários do CAPS.
De acordo com Joana Celine, esse trabalho é uma importante ferramenta de caráter preventivo, que pode tornar possível a realização de ações em saúde mental na atenção básica para usuários que possuem transtornos leves, surgindo como outra opção à medicalização e ao encaminhamento ao CAPS, fortalecendo assim a rede de saúde mental do município.
As Terapeutas afirmam que a Terapia Comunitária no CAPS,vem prevenindo agravos e já são perceptíveis alguns avanços: “No início, muitos usuários só ouviam e agora eles já participam, e a maioria permanece durante toda a terapia, que tem duração média de 1 hora e 30 minutos”, afirmaram as terapeutas.
Ainda de acordo com elas, os usuários relatam a oportunidade se falar e serem ouvidos. As profissionais comemoram ao saber que um dos participantes, que por problemas de saúde, não tinha condições de trabalhar, iniciou atividades com argila e já realiza entrega de argila para arranjos de flores artificiais no comércio local recebendo elogios quanto ao seus produtos
“Tal exemplo confirma o poder de resolução que existe nesta proposta de trabalho que ainda não é tão conhecida ou valorizada”, finalizou, Joana Celine.
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