José Domingos de Morais (1941-2013), o Dominguinhos, morreu nesta terça-feira, 23, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Ele estava internado no Hospital Sírio-LIbanês em São Paulo, desde o dia
13 de janeiro de 2013 e sendo tratado, a pedido de sua família, pelo
oncologista que o acompanhava desde o diagnóstico do tumor pulmonar, há
seis anos.
Antes disso, ele foi internado no dia 17 de dezembro de 2012 em Recife,
no Hospital Santa Joana, onde deu entrada com infecção respiratória e
arritmia cardíaca. Durante o período em que permaneceu no hospital, ele
foi submetido a uma traqueostomia e sessões de hemodiálise. O sanfoneiro
estava respirando com a ajuda de aparelhos e, mesmo depois de dias sem
sedativos, ainda não estabelecia contato. No dia 9 de janeiro, ele
sofreu uma parada cardíaca.
Dominguinhos lutava contra uma neoplasia pulmonar e tinha diabetes. Em
agosto de 2011, ele já havia cancelado shows por conta de seu estado de
saúde. Na época, ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em SP, com
falta de ar em decorrência de um problema anterior no coração, que o
obrigou a ser submetido a um cateterismo e uma angioplastia.
Músico, cantor e compositor, ele nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 12
de fevereiro de 1941. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como
Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Tem em sua formação musical influências
de baião, bossa nova, choro, forró, xote e jazz. Com maestria, ele
seguiu os ensinamentos de Luiz Gonzaga e inovou também com a sanfona,
mas sem abandonar o baião de seu padrinho.
Seu primeiro disco gravado foi Fim de Festa (1964). E ao longo desses
anos, Dominguinhos teve uma extensa discografia. Entre seus trabalhos,
já gravou com a cantora Elba Ramalho
(61). Em 2012 lançou pela primeira vez em 50 anos de carreira um disco
todo gravado ao vivo. A gravação aconteceu em dois espetáculos que
lotaram o concorrido teatro Sesc Pompéia, na capital paulista.
O CD Dominguinhos ao Vivo traz a excelência do forró nacional em 25
músicas armazenadas em 16 faixas, contando inclusive com orquestra,
trompete, trombone e violino.
Em 2002, Dominguinhos foi vencedor do Grammy Latino com o CD Chegando de
Mansinho. Após cinco anos sem lançar um trabalho solo, ele voltou em
2006 a gravar pela Eldorado na qual Conterrâneos 2006, agraciado no
Prêmio TIM (2007) na categoria Melhor Cantor Regional. Em 2008, foi o
grande homenageado do Prêmio Tim de Música Brasileira. Em 2010, foi o
vencedor do Prêmio Shell de Música 2010. Em 2012 foi o vencedor do
Grammy Latino na categoria Raízes Brasileiras com o disco Iluminado.
Fonte: Uol
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