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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Campanha de Bolsonaro mudou de patamar

Por Robson Pires
O projeto eleitoral de Bolsonaro mudou de patamar. Há uma semana, frequentava as pesquisas em situação paradoxal. No primeiro turno, era bicho-papão. Depois, era papado. Isso mudou. Na mais recente pesquisa do Ibope, Bolsonaro aparece como uma assombração competitiva também no segundo turno. Abriu cinco pontos de vantagem sobre Marina. E emparelhou com Alckmin, Haddad e Ciro.
Bolsonaro não é mais um azarão do segundo round. Hospitalizado há duas semanas, reduziu a taxa de polêmicas em que se metia. Nessa fase, também foi poupado de ataques dos rivais na primeira semana pós-facada. Seus oito segundos na propaganda eleitoral tornaram-se uma vasta exposição jornalística. Voltou às redes sociais como paciente sofrido. O timbre lacrimoso suavizou-lhe a arrogância.
No seu penúltimo vídeo, veiculado no domingo passado, Bolsonaro atiçou sua rivalidade com Lula e o petismo. Acertou no olho da mosca, pois a transferência de eleitores do presidiário de Curitiba para o seu poste avança aceleradamente. Em uma semana, Haddad deu um salto de 11 pontos, isolando-se na vice-liderança com 19%. O capitão oscilou novamente para o alto, batendo em 28%.

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