Pablo Diego conta com ajuda de amigo e solidariedade de passageiros dos
coletivos para sobreviver. Após ataque no Grande Recife, homem perdeu
uma perna e um braço.
Pablo Diego vendendo pastilhas em ônibus na capital potiguar — Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi |
Quase seis meses após ser atacado por um tubarão na praia de Piedade, no
Grande Recife, o potiguar Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos, ainda
não conseguiu aposentadoria por invalidez. Com ajuda de um amigo, ele
trabalha como vendedor de balas nos ônibus de Natal para sobreviver.
Na última quarta-feira (3), Pablo entrou com requerimento no Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) para se aposentar e aguarda a conclusão
da perícia médica, que deve sair em até quarenta e cinco dias. No
entanto, o potiguar terá de aguardar até fevereiro do ano que vem para
saber se, de fato, irá receber o benefício que é concedido a pessoas
incapacitadas de trabalhar.
"Até lá é muito tempo, não sei como será para me manter enquanto espero o
resultado da aposentadoria. É angustiante, mas acredito que tudo dará
certo no final. Claro que agora tudo está mais difícil, mas não posso
parar. Continuo vendendo minhas balinhas nos ônibus", conta.
Atualmente morando sozinho em uma casa alugada, em Parnamirim, na Grande
Natal, o ambulante calcula uma despesa mensal de cerca de R$ 1.300 com
medicamentos, serviços de uma cuidadora e pensão para as seis filhas.
Pablo Diego é vendedor ambulante de pastilhas há 3 anos. Nesse período,
além de Natal, ele já passou por João Pessoa, Sergipe, Alagoas e, por
último, Recife, onde sofreu o ataque em 15 de abril.(RELEMBRE)
Mesmo com os traumas - ferimento na mão esquerda, perna direita e braço
direito amputados - o potiguar segue nos coletivos. Há um mês, Pablo
utiliza uma prótese de perna e implantará, em novembro, um outro órgão
artificial, desta vez no braço. As próteses foram doadas por uma clínica
ortopédica de Pernambuco.
Entre um ônibus e outro, ele conta com a ajuda de um amigo para
continuar atuando como ambulante, enquanto aguarda o processo de
aposentadoria. "Ele é como se fosse minha perna e meu braço, conto minha
história e ele me ajuda a vender as jujubas e pegar o dinheiro. Graças a
Deus as pessoas me ajudam muito quando escutam o que tenho a dizer,
isso me motiva a não perder as forças e seguir lutando", completa.
Pablo Diego Inácio de Melo foi atacado por um tubarão na praia de
Piedade, no Grande Recife, em 15 de abril e foi socorrido por equipes do
Corpo de Bombeiros. Ele foi levado de helicóptero ao Hospital da
Recuperação, na capital pernambucana, onde recebeu atendimento e ficou
internado.
Enquanto espera resultado de aposentadoria por invalidez, Pablo Diego segue trabalhando — Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi |
G1-RN
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