O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP), que arrancou um cartaz de uma exposição da Câmara contra o racismo, disse que repetirá o ato se a peça for recolocada. Ao falar com a coluna, o parlamentar disse que arrancou a peça “para defender 600 mil policiais”. Antes da entrevista, Tadeu levantou a camisa, mostrou uma marca na barriga e emendou: “Tiro é o que não falta”.
O senhor está arrependido?
Arrependido? Eu acabei de defender 600 mil policiais militares que estavam sendo acusados, por meio de uma imagem, de executores, assassinos, homicidas. Não tô arrependido não. A exposição é maravilhosa, só manchou a exposição o cartaz que denegria a corporação ou as corporações, ou quase mais de meio de milhão de profissionais de segurança que protegem a sociedade. A exposição é bonita, mas a ideia de usar a exposição para fazer uma crítica aos policiais foi muito infeliz.
O senhor repetiria o mesmo ato?
Não há problema nenhum, eu espero que eles não coloquem novamente esse cartaz lá. Senão eu vou ter que tirar. Isso é um atentado. Uma instituição que cede espaço para atacar outra instituição? Não pode. Vou falar com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) para que não permita isso. Eles podem fazer a substituição do cartaz, mas sem ofender absolutamente ninguém.
O senhor chegou a pedir ao presidente da Câmara para retirar a peça?
Não. Quem fez isso foi o Capitão Augusto (PL-SP). Quando fiquei sabendo disse: “Olha, não precisa mais pedir que eu já tirei”.
O senhor não acha ao retirar a placa perdeu a razão?
Olha, eu continuo defendendo os policiais, continuo batendo palmas para a exposição. Simplesmente resolvi do jeito que achei que tinha que resolver. Eu não agredi ninguém. O primeiro ato de violência foi expor aquela imagem. Isso é uma agressão às instituições. Eu simplesmente fui lá e tirei o cartaz.
Os deputados afirmaram que vão representá-lo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro.
Não tem problema, eles têm esse direito de fazer isso, e se eventualmente aparecer alguma coisa, eu simplesmente informo, escrevo, e tá tudo bem.
O GLOBO / BELA MEGALE/BlogBG
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